Valve quer Steam Machines fabricados no Brasil por parceiros
O mercado brasileiro de eletrônicos é conhecido pelas taxas elevadas e preços impraticáveis para a maioria dos consumidores. Os consoles PlayStation 4, Wii U e Xbox One são exemplos recentes de produtos relativamente acessíveis nos EUA que chegaram ao Brasil com preços bem acima do praticado lá fora.
Diante desse cenário, a Valve planeja ter Steam Machines no mercado nacional, fabricadas por parceiros brasileiros. Foi o que revelou Mark Richardson, executivo da Valve, em entrevista ao UOL Jogos.
"Estamos conversando sobre levar OEMs [equipamentos fabricados para montadoras, não para o consumidor final] da Steam Machine para o Brasil", explicou. "Nosso plano no longo prazo, é ter o produto fabricado no Brasil por parceiros, tal qual acontece nos EUA".
"Pode ser que importemos primeiro, mas é algo que não está definido, pois sabemos da alta carga tributária no Brasil e não achamos que essa seria uma boa experiência para o consumidor. E tendo em vista a maneira que o Steam Machine funciona, faz total sentido trabalhar com parceiros no Brasil".
Brasil no Steam
Richardson também falou sobre a participação do Brasil no Steam, a popular plataforma de distribuição digital da Valve. Segundo o executivo, o país é um mercado excelente para jogos de PC: "90 milhões de lares aptos à internet de banda larga e os consoles são muito caros. Para nós é um mercado que vai crescer ainda mais".
A Valve não divulga números, mas o executivo confirma que o Brasil está entre os dez países mais populares nas vendas via Steam. "No topo estão EUA, Europa e Rússia. O Brasil está um pouco mais abaixo, junto de Austrália e Canadá".
Um dos motivos para o sucesso da plataforma no Brasil, segundo Richardson, é a parceria com o UOL BoaCompra. "A parceria com o BoaCompra tem sido incrívelmente boa. Na verdade, eles estabeleceram um novo nível para nós quando buscamos parcerias com outros meios de pagamento internacionais".
"Posso dizer que a parceria com o BoaCompra fez grande diferença pra nós no Brasil", concluiu o executivo.
*O jornalista viajou a convite da Kingston.
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