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Fotógrafo lança ensaio com videogames antigos e colecionadores

Akira Suzuki

Do UOL, em São Paulo

22/01/2014 08h37

O fotógrafo paulista Taylor Ponto lançou um ensaio que junta duas de suas paixões: a fotografia e os videogames (principalmente os antigos). Lançado no Facebook, "Os garotos de ontem e suas máquinas do tempo" tem como protagonistas os colecionadores e seus consoles.

Os primeiros três fotografados para o ensaio foram os colecionadores André Werebe, Jorge Miashike e Laercio Barroso Lopes Mataruco, todos de São Paulo. Na maioria dos cliques, eles aparecem cercados de pilha de consoles e games antigos.

A marca distinta das imagens é o tom meio lavado, como se uma neblina cobrisse os ambientes. "Eu gosto de deixar com essa estética de sonho, justamente por ser nostálgico", explica Ponto.

Sobre a ideia do projeto, ele afirma que colecionou consoles e jogos antigos entre 2009 e 2012, vendidos mais tarde. "Há alguns meses, senti a necessidade de recobrar o contato com os games. Tive um estalo e decidi pesquisar projetos fotográficos sobre colecionismo de games antigos e não encontrei nada", diz.

Veja o ensaio com fotos exclusivas:

E por que "máquina do tempo"? "Os consoles e jogos antigos contam uma história; vem acompanhados de lembranças, carga emocional", conta. "Não consigo jogar 'Rockman 7' ou 'Bomberman 3' sem lembrar dos dias em que, após as aulas, pegava a bicicleta, ia até a casa do meu melhor amigo e passava as tardes jogando estes títulos. É uma maneira de reviver épocas descomplicadas, ternas".

Sobre seus consoles preferidos, destaca o Famicom e o Super Famicom, as versões japonesas do NES e Super NES, respectivamente. Entre os games, gosta das séries "Parodius", "Bomberman" e "Streets of Rage". Mas, na hora de fotografar, se encantou pelo Twin Famicom, um modelo lançado pela Sharp que roda tanto jogos em cartucho como em disco.

Ponto planeja expandir o projeto, mas esbarra no apoio financeiro: "A ideia era percorrer o país fotografando colecionadores e coleções para ter um material consistente nas mãos, mas é praticamente impossível fazer isso sozinho". O fotógrafo também gostaria de fazer exposições e um livro, e procura interessados para o projeto.