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E3: "Rainbow Six: Siege" quer ser "Counter-Strike"

Pedro Henrique Lutti Lippe

Do Gamehall, em Los Angeles

10/06/2014 16h01

Shooters táticos nunca desapareceram de verdade. Mesmo enquanto “Call of Duty” e “Battlefield” tomaram as rédeas do gênero, “Counter-Strike” nunca deixou o imaginário e a rotina de seus fãs. Mas faltavam investidas novas do estilo - até agora.

Já virou tradição: ao fim de sua conferência na E3, a Ubisoft mostra o trailer de uma nova proposta de jogo de nova geração e impressiona seus fãs. Foi assim com “Watch Dogs” em 2012 e com “The Division” no ano passado; e agora, finalmente, foi a vez de “Rainbow Six: Siege”.

Anunciado originalmente sob o nome “Patriots”, o game dá prosseguimento à clássica série de shooters táticos da linha Tom Clancy. Em seu formato atual, o game está em desenvolvimento há apenas um ano e meio - mas os frutos de seu progresso já são evidentes.

Em uma partida teste, UOL Jogos teve a chance de experimentar “Siege” sob as perspectivas dos dois grupos rivais que figuram em suas partidas multiplayer: os policiais, e os bandidos.

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Preparado para tudo

Não tenha dúvida: o foco do novo “Rainbow Six” é o multiplayer. A Ubisoft recusou-se a confirmar ou negar a existência de um modo campanha nos moldes tradicionais para o game, mas não teve vergonha de garantir que o objetivo era agradar os fãs da experiência online.

Assim como em seus predecessores, a ação de “Siege” se desenvolve em torno de três elementos: os defensores, os invasores, e a parede entre eles. Tal parede divide os outros dois, e, no caso, ela é na verdade uma fortaleza, que um dos times deve personalizar e o outro desbravar.

Cada rodada do game começa com pouco mais de um minuto de tempo de preparação. Defensores devem posicionar bombas, reforçar paredes e bloquear janelas e portas, enquanto invasores podem enviar ‘drones’ com câmeras para tentar descobrir os planos de seus inimigos.

Acabado o tempo de preparação, começa a invasão - e a partir deste ponto vencem não necesariamente os que conseguem dar mais headshots por minuto, mas sim aqueles que se posicionam de maneira inteligente e sabem prestar atenção em seus companheiros.

Esquadrão anti-sequestros

As partidas de “Siege” funcionam no esquema melhor de três, que inverte os papéis do time ao fim de cada rodada. Cada um dos ‘lados’ da parede possui três classes diferentes de unidades. Os invasores, por exemplo, podem ser de assalto, demolição ou defesa. Elas têm papeis bem específicos nos combates.

Em nosso teste, invadimos uma casa em que uma refém estava sendo mantida sob vigilância. Ao ver que a refém estava sendo mantida sob vigilância no segundo andar, resolvemos investir pela frente e usar ganchos para escalar a sacada. Encontramos grande resistência, pois nossos rivais anteciparam o plano de ação e focaram o uso de defesas nesse piso.

Invertidos os papéis, vimos que, na fase em questão, é possível posicionar a refém no salão principal da casa, no segundo andar, ou no porão. A seleção é feita através de um sistema simples de votação: fica determinado o curso desejado pela maioria.

Como em uma partida do clássico “Counter-Strike”, defender reféns pode parecer mais difícil do que resgatá-los… Mas a realidade é que uma baixa imprevista em seu time por causa de um invasor bem posicionado pode acabar com qualquer esperança de vitória.

Invasão iminente

Não faltam shooters no mercado - isso é evidente. Mas faltam, sim, shooters como “Rainbow Six: Siege”, nos quais uma morte realmente significa uma perda para seu time, ao invés de um mero atraso.

Ao invés de buscar o caos em arenas como um “Call of Duty: Advanced Warfare”, ou então a destruição em massa vista em “Battlefield: Hardline”, o game parece oferece uma experiência mais concisa, em que estratégia conta mais que - ou pelo menos tanto quanto - reflexos rápidos no gatilho.

Desenvolvido pela Ubisoft Montreal, o game tem lançamento previsto para PlayStation 4, Xbox One e PC em 2015.