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E3: Para salvar Wii U, Nintendo aposta em novas ideias para velhas séries

Pedro Henrique Lutti Lippe

Do Gamehall, em Los Angeles

11/06/2014 12h12

Não foi surpresa: para tentar atrair o interesse do público para o Wii U, a Nintendo chegou na E3 2014 com um leque de novas propostas protegidas pela força dos nomes de algumas de suas maiores franquias.

Com “Mario Party 10”, a empresa tenta mostrar como é possível utilizar o GamePad para criar experiências assimétricas inteligentes. Em “Kirby and the Rainbow Curse”, a tela sensível ao toque volta a ganhar destaque. Já no misterioso novo “Star Fox”, o foco é o uso dos sensores de movimento.

Sim: “Splatoon” é uma marca inédita, e dois engenhosos projetos do designer Shigeru Miyamoto ainda não estão associados a uma cara conhecida - mas é evidente que, na busca para melhorar as vendas de sua plataforma, a Nintendo não vai mudar seu curso padrão. A maior parte de suas fichas está apostada na mistura entre inovação e nostalgia.

O controle tem propósito

O presidente da Nintendo, Satoru Iwata, não se cansa de defender a existência do GamePad como parte essencial do Wii U. E, como UOL Jogos reparou pelos games disponíveis para teste na E3, o executivo pretende convencer o mundo do valor do acessório através da persistência.

CRUELDADE

  • Divulgação

    Em um dos minigames de “Mario Party 10” disponíveis para teste na E3, quatro jogadores controlam os heróis de sempre enquanto um quinto é o Bowser. A tela do GamePad segue o vilão em primeira pessoa, e seu objetivo é mirar e disparar bolas de fogo contra encanadores e princesas indefesas. Bowser é muito mais poderoso do que os outros personagens - e maltratar seus amigos é divertido.

Um exemplo: a empresa ainda não diz como o modo para 5 jogadores de “Mario Party 10” funcionará exatamente, mas já testa uma série de minigames em que o portador do GamePad controla o vilão Bowser na missão para atormentar Mario e companhia com seus Wiimotes.

Outro: as divertidas fases de exploração de “Super Mario 3D World” estreladas por Captain Toad cresceram e viraram um jogo completo, “Treasure Tracker”, que brinca a todo momento com a existência da segunda tela… Exatamente como o novo “Mario Vs. Donkey Kong”.

Curtas e bem selecionadas, as demonstrações disponíveis não garantem que esses games irão conseguir manter os jogadores engajados ao longo de todas as suas dezenas de horas de duração. Mas são um bom sinal.

Sempre há plataforma

Na lista de boas ideias na espera de legitimação aparece ainda “Mario Maker” - ferramenta criativa que permitirá aos fãs criar e compartilhar seus próprios estágios de plataforma bidimensional, aos estilos do bom e velho “Super Mario Bros.” ou de sua encarnação HD mais recente.

Assim comos outros exemplos acima, a proposta funciona. As informações sobre o projeto ainda são escassas, mas o editor de estágios funciona com precisão, e a ideia de dar aos fãs meios para que eles criem e modifiquem o universo da clássica série já é muito atraente mesmo a nível de conceito.

Ainda é preciso esperar para ver se as boas propostas se concretizarão quando os jogos mostrados forem lançados em 2015; e se, depois disso, fãs finalmente colocarão a mão no bolso para investir em um Wii U. Mas o primeiro passo foi dado.

FOFURA

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    “Yoshi’s Woolly World” é o mais tradicional dos novos projetos apresentados na E3, e ganha destaque apenas por sua linda estética. O game é a evolução natural de “Kirby’s Epic Yarn”, passando-se não em uma malha de costura, mas sim em um mundo 3D feito inteiramente por lã.