Topo

Ex-ditador do Panamá, Manuel Noriega processa produtora de "Call of Duty"

do Gamehall

16/07/2014 12h04

Manuel Noriega, ex-ditador do Panamá, está processando a Activision, publisher da série "Call of Duty", por uso indevido de sua imagem no jogo de tiro "Call of Duty: Black Ops II".

No game, Noriega é a figura central da missão "Suffer with Me", chegando a ser capturado pelos protagonistas Frank Woods e Alex Mason. Segundo o processo, o ditador quer reparações após ser mostrado no game como um "sequestrador, assassino e inimigo do estado".

"O uso da imagem do queixoso [Noriega] por parte do acusado [Activision] causou danos ao queixoso", diz o processo. "O queixoso foi mostrado como protagonista e responsável por numerosos e fictícios crimes hediondos, criando a falsa impressão que os acusados tiveram autorização de utilizar a imagem do queixoso".

O advogado de Noriega também aponta que a Actisivion usou a imagem do ex-ditador para aumentar a popularidade do jogo e os ganhos com as vendas de "Call of Duty: Black Ops II". O game foi lançado para PC, PlayStation 3, Xbox 360 e Wii U em novembro de 2012.

VEJA NORIEGA EM MISSÃO DE "CALL OF DUTY: BLACK OPS II"

  •  

Guerra fria

Ditador do Panamá de 1983 a 1989, Manuel Noriega foi deposto após uma invasão ao país pelas forças militares dos Estados Unidos. Extraditado para os EUA, foi condenado em 1992 por lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.

Em 2007, Noriega foi extraditado para a França, onde havia sido condenado por assassinato e lavagem de dinheiro. Atualmente o ex-ditador, agora com 80 anos, vive no Panamá, onde está em liberdade condicional desde 2011.

Noriega não é a primeira figura política a aparecer como antagonista na série "Black Ops": A missão inicial do primeiro jogo envolve uma tentativa de assassinato de Fidel Castro, o que provocou críticas do governo cubano.

Castro também é um dos personagens jogáveis no modo "zumbi" do game, ao lado de outras figuras marcantes da Guerra Fria, como os ex-presidentes dos EUA John F. Kennedy e Richard Nixon, além do ex-secretário de defesa dos EUA, Robert McNamara.