Topo

Há 25 anos, Master System chegava ao Brasil; relembre 5 fatos curiosos

do Gamehall

09/09/2014 16h03

Antes de conquistar o mundo com o Mega Drive, a Sega tentou desbancar o reinado da Nintendo, e de seu querido NES, em todo o planeta, com o lançamento do Master System.

Embora o console tenha sido um fracasso no Japão e nos EUA, amadureceu no mercado europeu, e principalmente no Brasil, onde desembarcou em setembro de 1989.

25 anos depois, UOL Jogos relembra algumas peculiaridades do Master System aqui no nosso país.

1. 18 VERSÕES EM 25 ANOS

    Desde o primeiro modelo, batizado simplesmente como Master System, até o atual Master System Evolution Blue, o console totaliza 18 versões diferentes em 25 anos de Brasil, média absurdamente grande de aproximadamente um modelo novo sendo lançado a cada 1 ano e 4 meses, por aqui.

    Atualmente, os dois modelos à venda pela Tectoy são o Master System Portátil, um joystick independente que custa R$ 70 e tem 30 jogos clássicos da Sega na memória, e o Master System Evolution Blue, console inspirado no visual do Sonic e que conta com 132 títulos da Sega na memória, e que tem preço sugerido de R$ 170.

    De acordo com a Tectoy, mais de 5 milhões de unidades do Master System foram vendidas entre 1989 e 2012.

    2. PUBLICIDADE: A ALMA DO NEGÓCIO

      A era de ouro do Master System no Brasil coincide com o período de maior sucesso do Genesis nos EUA, e uma arma da qual os dois consoles usaram e abusaram, nos dois mercados, foi a publicidade.

      Por aqui, anúncios do Master System eram muito comuns em grandes revistas, comerciais de jogos do console figuravam nos principais canais de TV e as maiores lojas do país anunciavam as fitas do Master com grande destaque.

      Uma das mais curiosas iniciativas da Tectoy, talvez, seja o micro-programa "Master Dicas", transmitido durante os intervalos da extinta "Sessão Aventura", na Rede Globo. Apresentado pelo ainda bem jovem Rodrigo Faro, o quadro de apenas 30 segundos dava dicas e macetes dos principais jogos do Master System, como "Golden Axe" e "Psycho Fox".

      •  

      3. JOGOS VERDE E AMARELO

        O sucesso do Master System no Brasil impulsionou a produção de diversos títulos exclusivos para o mercado brasileiro, pela Tectoy. Quer dizer, a produção de alguns títulos e a adaptação de muitos outros.

        Os mais lembrados, talvez, sejam "Mônica no Castelo do Dragão" e "Turma da Mônica em O Resgate", jogos que na verdade são adaptações de "Wonder Boy in Monster Land" e "Wonder Boy III: The Dragon's Trap". A única diferença entre as versões fica na aparência de alguns personagens e em alguns diálogos. Mas apesar da alegria de controlar a dentuça do Bairro do Limoeiro, os jogos cometiam algumas gafes, como estampar o Capitão Feio nas artes de capa e cartucho, mesmo o vilão passando longe do conteúdo dos games.

        Entre os jogos originais, vale destacar "Sítio do Picapau Amarelo" e "Castelo Rá-Tim-Bum". O jogo do "Sítio" colocava jogadores no controle de Emília ou Pedrinho, numa aventura que tinha como objetivo quebrar um feitiço de sono que a Cuca havia colocado sobre a Tia Nastácia. O jogo do "Castelo" contava a história do episódio no qual Zequinha bebia uma poção que o transformava em bebê, confusão que precisava ser resolvida pelos personagens jogáveis Biba e Pedro. Os dois jogos, parecidos, seguiam o gênero de plataforma, com eventuais quebra-cabeças.

        Outros personagens, como Chapolin, o Sapo Xulé e a turma da TV Colosso estão entre alguns dos outros protagonistas de jogos "exclusivos" do mercado brasileiro.

        "SÍTIO DO PICAPAU AMARELO" PARA MASTER SYSTEM

        •  

        4. STREET FIGHTER TUPINIQUIM

          O sucesso do Master System no Brasil foi tão grande, comparado ao resto mundo, que a Tectoy se viu quase que obrigada a assumir a adaptação de jogos clássicos, de consoles mais poderosos, para o público brasileiro. Foi assim com "Street Fighter II", por exemplo.

          A versão de Master System tinha apenas oito personagens e gráficos muito inferiores ao da versão original de fliperama, com cenários praticamente vazios e algumas cores que causavam estranhamento a quem já estava acostumado com a série. A maioria das animações de movimento dos personagens teve taxa de frames reduzida, o que deixava o jogo menos dinâmico.

          O som também sofreu com diminuição de qualidade, e a jogabilidade respondia pouco ao recém-lançado controle de seis botões do Master Syatem nacional. Hadoukens e shoryukens saíam mais por acidente do que de forma proposital.

          5. CONTROLE NEXT-GEN

            Você não leu errado ali em cima, não. Com a adaptação de "Street Fighter II" feita exclusivamente para o Master System no Brasil, a Tectoy precisou adaptar, também, um novo controle para o console. Saiu o tradicional joystick de dois botões e entrou uma espécie de clone do controle de seis botões frontais do Mega Drive.

            Os novos controles estrearam em 1997 e perduram até os dias de hoje, e somente pelas terras brasileiras. Todo modelo de Master System lançado desde 97 acompanha dois controles de seis botões (exceto os modelos portáteis).

            UOL ENTREVISTA DO PRESIDENTE DO CONSELHO DA TECTOY

            •