Topo

Jogamos: "Borderlands: Pre-Sequel" é 'mais do mesmo' imperdível para fãs

Théo Azevedo

Do UOL, em San Francisco*

19/09/2014 15h51

Na maioria das vezes, quando um jogo oferece o tal "mais do mesmo" isso não é visto com bons olhos. Não é o caso de "Borderlands: The Pre-Sequel", claramente voltado aos fãs da série da Gearbox Software, sem preocupar-se em atrair novos jogadores. Sim, há personagens jogáveis inéditos, cenários e até mecânicas que também estreiam agora, mas no fundo é uma experiência similar à de "Borderlands 2".

O UOL Jogos testou "The Pre-Sequel" nos escritórios da 2K Games na região de San Francisco. O jogo se passa entre os dois “Borderlands”, daí o título bem-humorado e que reflete o jeitão da franquia de não se levar muito a sério. Por falar nisso, Claptrap está entre os quatro (e novos) personagens jogáveis – ainda que todos já tenham figurado como NPCs em versões passadas -, o que por si só já é um deleite para os fãs.

O enredo retrata a ascensão de Handsome Jack ao poder, bem antes de ele se tornar o vilão de “Borderlands 2”, e o cenário é lua que orbita ao redor de Pandora e a base flutuante Hyperion Moonbase. Daí vem aquela que deve ser a maior novidade de "The Pre-Sequel" em termos de mecânica: a gravidade zero.

Além de permitir saltar mais alto, deixando os combates mais acrobáticos, a gravidade zero introduz um novo ataque, o “Gravity Slam”, que no fundo é uma espécie de “bundada”. Mas longe de ser uma bundada qualquer: há upgrades para acrescentar dano elemental ao golpe, com fogo ou eletricidade, por exemplo.

Com a gravidade zero, o limite de oxigênio passa a ser algo para levar em conta – menos para Claptrap, é claro. Porém, ao menos durante as duas horas que UOL Jogos testou game, tal limite mostrou-se generoso e não representou qualquer desafio extra. Para completar, havia vários pontos para recarregar o oxigênio.

No mais, os combates funcionam como em “Borderlands 2”, exceto por uma novidade aqui e outra acolá, como armas que utilizam laser e gelo ou utilizar as máquinas de venda para “reciclar” armas, transformando o produto final em algo melhor. Há ainda novos veículos para explorar os cenários lunares, dentre eles “hover jets”.

"Borderlands: The Pre-Sequel" utiliza a mesma tecnologia gráfica de “Borderlands 2” e vai sair apenas para PlayStation 3, Xbox 360 e PC. Triste para quem já deixou a agora velha geração para trás, mas por outro lado sugere – e torçamos por isso – que a Gearbox está guardando algo melhor para o PS4 e o Xbox One.

O jogo sai em 14 de outubro e, infelizmente, não terá legendas em português, o que restringe o brilhante roteiro, repleto de piadas e tiradas hilárias, somente àqueles que entendem bem o inglês. O preço é de R$ 199 para PS3 e Xbox 360, e de R$ 99 para PC.

CONHEÇA O ELENCO

Athena the Gladiator

Apareceu pela primeira vez em 2009 como NPC no DLC para o "Borderlands" original. A habilidade de Athena é o Kinect Aspis, um escudo que utiliza no braço esquerdo para rebater ataques adversários, e que também pode ser arremessado contra os inimigos.
Wilhelm the Enforcer

Em "Borderlands 2" era meio robô, meio máquina, mas em "Pre-Sequel" aparece em sua forma humana integral - o jogo, na verdade, vai narrar o que aconteceu com ele até sua transformação. Wilhelm possui um drone de ataque e habilidades que aumentam dano e vida.
Nisha the Lawbringer

Era a xerife de Lynchwood em "Borderlands 2", quando mantinha um relacionamento com Handsome Jack. Em "Pre-Sequel" mostra mesma personalidade durona e cruel e sua habilidade mira automaticamente nos inimigos e causa dano exponencial.
Claptrap the Fragtrap

Símbolo de "Borderlands”, Claptrap aparece pela primeira vez como personagem jogável - e capaz de subir escadas. O robôzinho dispensa o oxigênio e carrega um programa que analisa a melhor providência para o contexto, seja causar mais dano ou restaurar saúde, por exemplo