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Vírus ebola impulsiona vendas de jogo que simula epidemias no celular

Do UOL, em São Paulo

28/10/2014 14h20

A epidemia global de ebola impulsionou as vendas de um game para celulares em que o objetivo do jogador é destruir a humanidade através de doenças.

Apesar de já estar disponível para download desde 2012, "Plague Inc." ganhou muita popularidade por causa das discussões em torno do vírus ebola.

Ele pode ser baixado para iOS por US$ 1, e de graça para Android.

Entre o final de setembro, quando o primeiro caso da doença nos EUA foi identificado, e a metade de outubro, o número de jogadores ativos do game subiu em mais de 30%, de 3,1 para 4 milhões. No mesmo período, os downloads do aplicativo cresceram 52%.

Na semana passada, "Plague Inc." tomou o posto de aplicativo pago mais baixado na AppStore britânica. No Brasil, ele já é o 2º jogo pago mais baixado para iPhones e iPads.

  • Jogadores podem dar os nomes que quiserem para seus vírus

Pela destruição da humanidade

Após contaminar um 'Paciente Zero' com um vírus fictício, os jogadores devem administrar seu progresso a partir de um mapa do mundo. É possível tornar o transmissor imune a vacinas ou então fazer suas vítimas sofrerem com sintomas mais poderosos.

O objetivo é varrer a humanidade do planeta, infectando todos os habitantes de países pobres e também daqueles com instalações hospitalares avançadas.

"Muitas pessoas vão dizer que estamos nos aproveitando do momento, mas isso não é verdade", explicou James Vaughan, criador do game, ao Daily Mail. "Seria infinitamente melhor se a epidemia de ebola nunca tivesse existido, mas quero usar a posição que 'Plague Inc.' tem para ajudar as pessoas como puder".

Vaughan contou ao jornal que planeja doar parte dos rendimentos do game a instituições médicas que estão trabalhando em uma vacina para o vírus.

"As pessoas podem ver 'Plague Inc.' como um jogo muito negro, mas isso é porque ele se foca em problemas do mundo real e fazem as pessoas pensar neles. Por causa do game, temos muitas pessoas discutindo o assunto e se educando sobre epidemias", disse.