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"LoL" é um jogo de 5 pessoas, diz jogador com fama de "melhor do Brasil"

Pablo Raphael

Do UOL, em Istambul*

21/04/2015 14h21

Considerado atualmente o melhor jogador brasileiro de League of Legends, Gabriel “Revolta" Henud (19 anos), não se incomoda com o peso do “título”, mas faz questão de manter a humildade.

“É um jogo de cinco pessoas”, comenta Revolta, com um jeito simpático e extrovertido, em entrevista ao UOL Jogos. “Você não consegue ser muito bom sozinho, todos jogam em equipe e se um jogador está mal, os outros precisam ajudar se não, o time não funciona”.

“A gente se completa como um time”, explica Revolta. “A INTZ não é um time de um jogador só”.

“O ‘título' existe, claro, mas não considero isso uma coisa minha, mas nossa”, diz o caçador da INTZ, que treina no mínimo 10 horas por dia (mais em dias de competição). “Para vencer é preciso dedicação e isso é uma coisa individual. Quanto mais você se esforça, mais alto você vai”.

A postura meio humilde, meio convencida vale também para o torneio internacional. “Os times que vamos enfrentar me lembram os times brasileiros de 1 ano e meio atrás, como a Pain e a Keyd”.

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Favoritismo brasileiro

Para Revolta, equipes como Chiefs (Austrália) e Focus Me (Japão) são os melhores de suas regiões, mas com pouca experiência na hora de enfrentar equipes estrangeiras. “Quando você vê os times jogando contra equipes de outros países, consegue perceber os pontos fracos deles, vê como eles se comportam diante de quem eles não conhecem”.

Mesmo confiante, Revolta reconhece que também é sua primeira experiência em um torneio internacional - e a INTZ já chega apontada pelos comentaristas norte-americanos de “League of Legends” como time favorito ao troféu.

“Os norte-americanos já conhecem o competitivo brasileiro, já tivemos outros times brasileiros competindo nos EUA”, diz ele sobre o favoritismo. “Mas isso também pode fazer com que os outros times joguem mais pesado contra a gente”.

A INTZ venceu a primeira etapa do CBLoL em Florianópolis no sábado (18) e embarcou para Istambul no domingo (19). “Só caiu a ficha de que estava vindo para Turquia no avião, de que realmente conseguimos, estacamos vindo competir aqui”.

Perguntado sobre as chances de vitória, Revolta não esconde o desejo de competir no Mid Season Invitational, que acontece em maio nos EUA. “A gente não parou de treinar, não nos demos folga desde o final do ano passado e vamos continuar nesse ritmo até o final do campeonato… na Flórida”.

  • Lista de rivais da INTZ no IWCI inclui as melhores equipes de seis regiões

Vale mais do que dinheiro?

O IWCI 2015 conta com sete participantes, que jogarão partidas classificatórias entre hoje (21) e quinta-feira (23) para decidir quem disputará a taça do torneio na Volkswagen Arena, na frente de 14 mil fãs em Istambul, na Turquia - e milhares de outros ao redor do mundo, acompanhando a grande final através do site da Riot Games.

O time campeão garante uma vaga no Mid Season Invitational, campeonato que rola em maio nos EUA com a participação das principais potências do “League”: Coréia do Sul, EUA e Europa.

O torneio na Turquia não paga nenhum prêmio em dinheiro, mas ganhar aqui dá a chance de faturar parte do prêmio de US$ 200 mil nos EUA em maio (US$ 100 mil para o campeão).

Ganhar aqui também vale voltar para casa com pontos de moral para a próxima temporada do Campeonato Brasileiro de “League of Legends” e mais preparados para futuras competições internacionais.

*O jornalista viajou a convite da Riot Games