"Queremos ser o Barcelona do 'League of Legends'", diz manager da INTZ
Os times importam jogadores, trazem técnicos de fora. Há uma categoria de base, há a primeira divisão e os campeonatos internacionais. Os jogadores moram juntos, vivem em concentração intensa na época das partidas mais importantes. Futebol? Não, “League of Legends”.
É comum comparar “League of Legends” com futebol, principalmente para explicar o game para os leigos. “É a melhor analogia, sempre funciona e todos entendem”, comenta Lucas Almeida, manager do time INTZ em conversa com UOL Jogos.
“Eu faço analogias com futebol o tempo todo, até mesmo nas conversas com o time”, conta Lucas, que reconhece, porém que nem sempre os jogadores entendem de cara a comparação. “Eles não torcem para time nenhum, durante a Copa do Mundo preferiam ver replays de partidas de ‘LoL’ aos jogos do Brasil”.
Com um investimento elevado no eSport, a INTZ conta hoje com 45 jogadores (não só de “League of Legends”, mas de “Smite”, “Counter Strike GO” e outros games). “Temos times de tudo que é competitivo, mas ‘League' é o carro chefe”, diz Lucas. Entre jogadores, técnicos e outros, a empresa conta com cerca de 70 funcionários.
Curiosamente, a INTZ não tem nenhum jogador estrangeiro, apenas o recém-contratado técnico Alexander "Abaxial" Haibel. Lucas reconhece que a presença de coreanos em times brasileiros aumenta o nível da competição, mas com ressalvas.
“O que eles aprendem no Brasil, levam embora quando voltam para a Coreia. Com um técnico de fora, ele vai agregar ao jogo do nosso time e eles vão aprender novas estratégias. Vão se fortalecer”, diz Lucas.
“Não queremos ser o Real Madrid, queremos ser o Barcelona”, compara o manager em uma inevitável analogia com o futebol. “Ao invés de reunir craques de vários países, preferimos aprimorar os nossos jogadores, criar nossos próprios craques”.
eSport FC
Associar futebol e “League of Legends” não é algo que fica só no campo das comparações. Na Turquia, o principal time de “LoL" é o Besiktas - que faz parte de um dos principais clubes de futebol de Istambul.
No Brasil, a INTZ já conversou com alguns clubes. “É preciso convencer os clubes de que assim vão atrair fãs para a marca, atrair um novo público para o clube de futebol”, diz Lucas, que não entra em detalhes sobre os possíveis parceiros futebolísticos.
Até o momento, porém, a conversa não rendeu frutos. “Envolve muita negociação pela licença da marca”.
Torneio internacional vale vaga para competição com melhores times do mundo
Vale mais do que dinheiro?
Campeão da primeira fase do campeonato brasileiro de “League of Legends”, o CBLoL, a INTZ está em Istambul, na Turquia, onde compete na primeira edição do torneio International Wild Card Invitacional.
O IWCI 2015 conta com sete participantes, que jogarão partidas classificatórias entre hoje (21) e quinta-feira (23) para decidir quem disputará a taça do torneio na Volkswagen Arena, na frente de 14 mil fãs em Istambul, na Turquia - e milhares de outros ao redor do mundo, acompanhando a grande final através do site da Riot Games.
O time campeão garante uma vaga no Mid Season Invitacional, campeonato que rola em maio nos EUA com a participação das principais potências do "League": Coréia do Sul, EUA e Europa.
O torneio na Turquia não paga nenhum prêmio em dinheiro, mas ganhar aqui dá a chance de faturar parte do prêmio de US$ 200 mil nos EUA em maio (US$ 100 mil para o campeão).
Ganhar aqui também vale voltar para casa com pontos de moral para a próxima temporada do Campeonato Brasileiro de "League of Legends" e mais preparados para futuras competições internacionais.
*O jornalista viajou a convite da Riot Games
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