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Jogamos: Com brilho próprio, "Mad Max" aposta em trama diferente do filme

Théo Azevedo

Do UOL Jogos, em Los Angeles

26/05/2015 10h01

Existe uma espécie de "maldição" que cerca filmes e games, sugerindo que misturar ambos é quase sempre garantia de fracasso e decepção. Felizmente não é o que acontece com "Mad Max" que, embora seja ambientado no mesmo universo do filme "Estrada da Fúria - a essa altura um sucesso de público e crítica -, segue um enredo próprio. Até a data de lançamento, 1º de setembro para PC, PlayStation 4 e Xbox One, fugiu da janela de estreia do longa. Ainda bem.

UOL Jogos teve a chance de jogar "Mad Max" por cerca de uma hora, explorando as paisagens devastadas de Wasteland ao volante do Magnum Ops. Pois é: logo no início da historia, o icônico V8 Interceptor é tirado de Max, que então forma dupla com um mecânico chamado Chumbucket. Embora seja um sujeito um tanto bizarro, “Chum” possui uma habilidade inigualável para construir e consertar carros, tornando-se bastante valioso para Max.

Esta peculiar aliança entre Max e Chumbucket pavimenta o jogo, uma vez que, em comparação aos demais veículos do universo de "Mad Max", o Magnum Ops aguenta um bocado de danos. E, mesmo quando a coisa fica feia, Chumbucket, munido de suas ferramentas, desce do carro para fazer os devidos reparos.

"Mad Max" é um jogo de mundo aberto no qual a busca por recursos escassos, seja água, gasolina ou componentes para o carro, é a espinha dorsal para sobreviver e lutar contra o vilão da historia, um psicopata monstruoso chamado Scabrous Scrotus.

Embora o game se passe tanto dentro quanto fora do carro - neste caso, em combates viscerais cuja inspiração, claramente, vem da trilogia "Batman: Arkham" -, Frank Rooke, diretor da Avalanche Studios, produtora responsável por "Mad Max", encorajou os jornalistas presentes no evento de hands-on a testarem os limites do Magnum Ops, seja levantando poeira nas estradas de Wasteland, seja nos combates contra as tropas de Scrotus.

Combates a mil por hora

É no volante do Magnum Ops que "Mad Max" brilha. O veículo parece capaz de superar qualquer obstáculo ao passar por estradas destruídas, e é raro ir do ponto A ao ponto B sem deparar-se com algum inimigo. E aí, amigo, é que a ação começa de verdade.

A maneira mais óbvia de acabar com os adversários são as boas e velhas colisões, de preferência em alta velocidade, com o auxílio do turbo. Pedaços dos carros se espalham pelos ares, muitas vezes acompanhado pelo fogo de explosões.

Mas há recursos mais elaborados, como o arpão manuseado por Chumbucket, capaz de arrancar pedaços da fuselagem ou mesmo uma roda, inutilizando o veículo na hora. Com um pouco de perícia, é possível "fisgar" quem está atrás do volante e arrastá-lo pelas estradas pedregosas de Wasteland, enquanto o carro segue desgovernado.

Não deu tempo de testar isso na prática, mas o Magnum Ops pode ser "tunado" com diferentes peças que Max encontra pelo caminho, ganhando mais poderio bélico ou mesmo melhorando aspectos como defesa, velocidade máxima, aceleração etc.

Como todo jogo de mundo aberto que se preze, "Mad Max" tem um mapa descomunal e muitas missões secundárias, itens para coletar etc. Tal como "Borderlands" faz, existem metas como coletar 100 pedaços de lataria, matar 100 adversários e por aí vai. Tudo parece contar de alguma maneira para os caçadores de troféus ou conquistas.

Resta saber se "Mad Max" é capaz de sustentar essa experiência intensa de jogo por horas a fio, mas a impressão deixada pelos 60 minutos de teste foi tão boa quanto a do filme.

Aqui no Brasil, o jogo sairá legendado em português.

VEJA DETALHES DA AÇÃO DE "MAD MAX"

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