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"Scalebound" mistura "Zelda" e "Devil May Cry" para criar RPG único no Xone

Claudio Prandoni

Do UOL, em Colônia

06/08/2015 12h05

Volta e meia a Microsoft se lança a experimentos com estúdios japoneses, resultando sempre únicos e vistosos, como o divertido "Blue Dragon", lembrado até hoje com o carinho.

O próximo a entrar nesse grupo é "Scalebound", que parece mesclar elementos de "Legend of Zelda", "Monster Hunter" e "Devil May Cry" para brilhar com estilo único.

Fruto da Platinum, estúdio dos elogiados "Bayonetta 2", "Metal Gear Rising" e "Vanquish", o jogo mostra Drew, um rapaz de cabelos brancos e atitude descolada dos nossos tempos atuais que vai parar em Draconis, um mundo mágico habitado por, isso mesmo, dragões.

Por lá ele ganha a companhia de um imenso dragão, seu próprio braço direito ganha escamas de dragão e aprende a manipular magias e outros poderes especiais.

Em sessão a portas fechadas na Gamescom foi possível ver uma versão estendida da demonstração vista na conferência pré-evento da Microsoft, explicada pelo próprio diretor do jogo, o pitoresco Hideki Kamiya.

Bem ao estilo RPG de ação, Drew encara hordas de inimigos atacando com a lâmina ou com um versátil arco-e-flecha, que pode ser imbuído de propriedades mágicas.

O imenso dragão é parte essencial da aventura, incluindo as lutas. Ele ataca sozinho, mas Drew pode dar ordens e indicar alvos, por exemplo.

A exibição seguiu com a exploração de uma dungeon, uma espécie de caverna dominada pela vegetação - e estreita demais para o dragão seguir ao lado do herói.

Agora sozinho nos combates, Drew tem de redobrar atenção aos equipamentos que se desgastam com o uso.

Segundo Kamiya, haverá maneiras de fazer reparos às armas e escudos, como ferreiros especializados nas cidades.

Alguns monstros depois, Drew e o dragão se deparam com uma barreira que só pode ser destruída pelo lagartão.

Do outro lado, um monstro gigantesco, com várias cabeças, e o fim da demo exatamente como no trailer da conferência: outro três heróis se juntam ao protagonista, em alusão à possibilidade de multiplayer cooperativo.



É um "Skyrim" japonês?

Perguntado por um dos jornalistas presentes se "Scalebound" seria um jogo de mundo aberto, Kamiya renegou o rótulo.

O game exibe sim um reino mágico imenso, em larga escala (tanto que esse é um dos motivos para ter 'scale' no título), mas o termo 'mundo aberto' parece carregar certa premissas que talvez não se apliquem aqui, conforme explicou Kamiya-san.

Ainda assim, pelo pouco visto dá pra saber que será possível explorar livremente boa parte do cenário. Outro detalhe importante é que o sistema de evolução não é tanto baseado em níveis, mas sim em melhorias de habilidades e equipamentos.

Sem entrar em muitos detalhes da história, Kamiya deixou no ar a possibilidade de que mais elementos modernos apareçam em "Scalebound". Até agora, a única pista visível é o par de fones de ouvido sem fio que o herói Drew durante os combates.

Cheio de boas referências e promessas, e a certeza de que está nas mãos de uma equipe extremamente talentosa, "Scalebound" é um dos exclusivos mais empolgantes de toda a linha do Xbox One.

Fica a esperança de que tudo isso se confirme no final de 2016, quando o jogo chega ao console da Microsoft.