Um ano depois, "Destiny" se reinventa com expansão "Rei dos Possuídos"
Quando “Destiny" chegou, em setembro de 2014, o game dividiu opiniões: alguns adoraram, outros odiaram - e mesmo entre quem gostou e continuou jogando por todos esses meses sempre ficou com um gosto meio amargo na boca.
O jogo de tiro da Bungie é ótimo, principalmente no que mais importa: o tiroteio e a ação cooperativa. Mas seus elementos de RPG, principalmente o excruciante sistema de evolução baseado em equipamentos, tornaram a experiência não apenas repetitiva, mas muito frustrante. O game também tem outros problemas como a narrativa superficial (muito da história de “Destiny" é contada em cards que são acessados em um aplicativo mobile) e a confusa economia, que mudou e ganhou novas camadas de complexidade em cada expansão.
Ainda assim, “Destiny" é um sucesso comercial, com 20 milhões de jogadores registrados (não necessariamente ativos) e alardeado pela Activision como uma de suas franquias mais rentáveis, ao lado do popular card game “Hearthstone”, da Blizzard Entertainment.
É nesse contexto que a Bungie prepara o lançamento de “O Rei dos Possuídos”, terceira e maior expansão do game. Mais do que um pacote de conteúdo adicional como “A Escuridão Subterrânea” e “Casa dos Lobos”, esta expansão traz muita coisa nova… e promete mudar tudo que veio antes.
“O Rei dos Possuídos” é o primeiro grande passo da Bungie na direção de tornar “Destiny" o jogo que sempre deveria ter sido. Para isso, a produtora decidiu se desfazer de mecânicas que sempre foram criticadas e melhorar a narrativa e fluxo das missões, não só no conteúdo inédito mas também no jogo já existente.
Evolução simplificada
Os grandes vilões de “Destiny" não são os servos da Treva, mas os pontos de Luz das melhores armaduras, utilizados para evoluir o Guardião acima do nível 20.
Todo o “end game” de “Destiny" gira em torno de adquirir pontos de reputação, Moedas Estranhas, materiais especiais e armaduras exóticas para conseguir mais Luz e ficar mais forte. Para dificultar ainda mais as coisas, o sistema de recompensa do jogo não ajuda em nada. É normal você detonar um chefão e não ganhar nada demais com isso.
A partir de 15 de setembro, quando chegar “O Rei dos Possuídos”, os pontos de Luz não serão mais necessários. O jogador poderá evoluir seu Guardião do nível 1 ao 40 usando pontos de experiência, que são ganhos eliminando inimigos, jogando missões, assaltos, incursões, partidas competitivas e cumprindo contratos - ou seja, basta jogar para avançar e melhorar o personagem.
Por falar em contratos, cada personagem poderá carregar 16 destes objetivos de cada vez. Atualmente o inventário do guardião permite levar 10 ao mesmo tempo. Outra novidade nesse quesito é que os contratos poderão ser entregues via menu, sem obrigar o jogador a voltar para a Torre ou para o Arrecife para isso.
Esses pólos sociais não vão se tornar inúteis na expansão: seus habitantes terão novas funções. O Armeiro, por exemplo, terá sua própria barra de reputação, similar a do Criptoarca, premiando assim os jogadores que utilizam o sistema de reforja para melhorar suas armas.
Facções, missões e recompensas
As diferentes facções de “Destiny" serão melhor trabalhadas na expansão, com um sistema de missões e equipamentos exclusivos - inclusive, já se sabe que agora o jogo terá armas específicas para cada classe.
Algumas dessas armas serão recompensas da Vanguarda, a principal facção do game. Mas não pense nos itens aleatórios que você recebe ao final de uma missão e sim nos contratos de arma exótica: para conseguir uma dessas armas, você vai cumprir tarefas específicas, sabendo exatamente o que fazer e o que vai receber no final.
Sistema similar será adotado pelas outras facções. Ao “jurar aliança” ao líder da Órbita Morta ou da Nova Monarquia, por exemplo, você terá missões específicas para cumprir para ganhar os equipamentos da facção - ao invés de vestir um item com o símbolo do grupo e ‘farmar' pontos de reputação.
Até mesmo o modo competitivo Crisol vai passar por mudanças, entre elas um sistema de desafios semanais. A Bungie está aproveitando o começo do "Ano 2" de "Destiny" para rever diversos aspectos do jogo e vai rebalancear muitas armas do jogo, enfraquecendo algumas e melhorando outras. O objetivo aqui é tornar o metajogo do Crisol menos previsível - hoje, apenas um punhado de armas são realmente eficientes no multiplayer competitivo.
Por falar nisso, as armas atuais não poderão ser evoluídas para o nível máximo das armas da expansão. Parece que o reinado das Gjallarhorn, Quebra Gelo, Espinho e Última Palavra está perto do fim. Claro, elas ainda serão armas poderosas no Crisol e nas missões do jogo original (e das primeiras expansões), mas novos equipamentos deverão ocupar o lugar de "objetos de desejo" dos Guardiões daqui para a frente.
De olho no futuro
Mais do que qualquer atualização ou DLC anterior, "O Rei dos Possuídos" trará mudanças significativas para "Destiny", desde a interface até as mecânicas mais fundamentais. Com isso, a Bungie sinaliza não só estar ouvindo os anseios da comunidade, mas disposta a voltar para a prancheta e refazer o que for preciso para aprimorar o game.
Projeto com 10 anos de duração, "Destiny" teve um primeiro ano conturbado e mesmo assim conseguiu arregimentar uma legião de fãs. Com as mudanças que virão pela frente fica a expectativa para o retorno de jogadores que cansaram do sistema de evolução ou que esgotaram o conteúdo disponível... e a chegada de uma nova leva de jogadores, que terão uma jornada mais amigável pela frente.
Dublado em português, "Destiny" está disponível para PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox 360 e Xbox One. A expansão "O Rei dos Possuídos" sai em 15 de setembro para todas estas plataformas.
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