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"Metal Gear: Phantom Pain" é ótima porta de entrada para série; entenda

Tem até chapéu de galinha que dá segundas chances para os "cafés com leite" - Divulgação
Tem até chapéu de galinha que dá segundas chances para os 'cafés com leite' Imagem: Divulgação

Pedro Henrique Lutti Lippe

Do UOL, em São Paulo

04/09/2015 19h01

Apesar de comemorar o 28º aniversário das aventuras do(s) Snake(s), "Metal Gear Solid V: The Phantom Pain" pode ser um ótimo ponto de partida para quem nunca pensou em usar uma caixa de papelão para se esconder de seus inimigos.

Com legendas em português, o game já está disponível em versões para PlayStation 4, Xbox One, PC, PlayStation 3 e Xbox 360.

É claro: entender a história do jogo e todos os seus mistérios sem passar por "Snake Eater" ou "Peace Walker" antes é um desafio enorme - mas convenhamos que o mesmo pode ser dito até mesmo de veteranos da franquia.

Mas, afinal, se "The Phantom Pain" é o 17º jogo da série "Metal Gear", por que ele seria uma boa porta de entrada para iniciantes?

Liberdade

Imperdível por conta de seu mundo aberto, "Phantom Pain" é certamente o "Metal Gear" mais complexo. A profundidade de seu sistemas, porém, não é refletida em uma dificuldade maior, mas sim na flexibilidade de ações que o jogador tem.

Jogos de espionagem como "Splinter Cell" costumam ser crueis. É comum que o menor dos erros evoque uma tela de 'game over'. E "Metal Gear" não é diferente.

Quando "Phantom Pain" manda Snake eliminar um esquadrão de tanques, ele joga o personagem no mundo aberto e o deseja boa sorte. O herói pode, então, observar o trajeto dos veículos e armar minas terrestres em seu caminho; ele pode tentar surpreender o esquadrão com um lança-míssil; ou então até procurar um tanque para si e partir para a porrada.

Há em "Phantom Pain" muito mais liberdade para que o jogador encontre sua forma favorita de, por exemplo, infiltrar uma base. Cada problema tem várias soluções - algo que, em outros títulos "Metal Gear", raramente é verdade.


Playground da espionagem

Além de punir jogadores com mortes bem rápidas, "Metal Gear" ainda tem o costume de julgar o jogador com pontuações e notas. Matou um cara? Tome penalidade.

Em "Phantom Pain", esse já tradicional sistema ainda existe: mas apenas nas missões principais. As chamadas 'side ops' - objetivos que, na maior parte, são opcionais - permitem que os usuários cometam uma verdadeira chacina sem qualquer tipo de punição.

Sem o estresse de perder pontos ou ser zombado pelo game ao ser avistado pelos inimigos, o jogador iniciante tem mais calma para entender melhor como cada arma funciona, como os soldados inimigos se comportam, e por aí vai.

Coletada a experiência, o jogador pode (e deve) então partir para as outras empreitadas da série. Quem tiver um PlayStation 3, um Vita ou um Xbox 360 pode inclusive investir na "HD Collection" e levar três games de uma só vez.