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Jogamos: "Battlefield 1" faz da Primeira Guerra um cenário refrescante

Pedro Henrique Lutti Lippe

Do UOL, em Los Angeles

13/06/2016 21h45

Para leigos em história, talvez seja um pouco difícil distinguir um jogo inspirado na Primeira Guerra Mundial de outro baseado na Segunda Guerra. Mas a diferença entre esses dois e qualquer grande shooter lançado nos últimos anos é evidente. Aparentemente, fazer um jogo de guerra baseado em um conflito do passado requer coragem - e, ainda bem, a DICE tem coragem de fazer de "Battlefield 1" seu próximo grande lançamento.

Em um teste na E3 2016, UOL Jogos teve a chance de disputar uma partida do game no clássico modo de captura de pontos estratégicos Conquest. A experiência parece familiar para conhecedores dos "Call of Duty" e "Battlefield" de raiz, mas ao mesmo tempo muito refrescante em meio a todas as guerras pseudo-futuristas que a indústria passou mais de uma geração imaginando.

Apesar do tema vintage, "Battlefield 1" usa a mesma estrutura de classes que a série desenvolveu ao longo dos últimos anos. Antes de entrar no campo de batalha, jogadores devem selecionar uma classe para seus soldados: assalto, médico, engenheiro ou batedor. Cada um cumpre funções únicas ao longo das batalhas - ao médico, cabe garantir a saúde de seus companheiros, por exemplo. Exatamente como em "Battlefield 4", cada classe vem munida de um arsenal personalizável de equipamentos.

Mas os soldados têm a seu dispor mais ferramentas do que aquelas que os acompanham de fábrica. Desde sua origem lá atrás em "1942" - o jogo, não o ano -, "Battlefield" dava aos usuários a chance de fazer a diferença com veículos e armas estacionárias. A mecânica volta, e é uma das maiores vantagens de estarmos falando da Primeira Guerra: os primeiros morteiros, tanques e aviões de combate são fascinantes de observar, e ainda mais de controlar. Por mais que pareçam arcaicos aos olhos do século XXI, todas essas armas eram maravilhas tecnológicas de seu tempo.

Arsenal de respeito

E por falar nisso, as mais impressionantes armas do game são tratadas com veneração pela DICE. O dirigível Behemoth que pode ser invocado no mapa das florestas francesas, por exemplo, pode virar o rumo de uma batalha sozinho com seu poder de fogo e suas metralhadoras auxiliares. Essas "cartas-trunfo" aparecerão em outros formatos, como um trem blindado e um enorme navio de guerra, que ainda não foram mostrados publicamente.

"Battlefield 1" não parece ter a intenção de inovar. Na verdade, é o contrário: o game lembra "Battlefield 1942" mais do que qualquer outro capítulo recente da série. E isso é ótimo. Claro: os gráficos no nível de "Star Wars Battlefront" ajudam bastante a causa do jogo.

"Battlefield 1" será lançado em 21 de outubro para PlayStation 4, Xbox One e PC.