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"Mass Effect: Andromeda" promete aperfeiçoar exploração do jogo original

Com nova protagonista, "Andromeda" acontece bem tempo depois da trilogia "Mass Effect" original - Reprodução
Com nova protagonista, "Andromeda" acontece bem tempo depois da trilogia "Mass Effect" original Imagem: Reprodução

Victor Ferreira

Do UOL, em Los Angeles

13/06/2016 10h30

Mesmo após quase uma década e diversas críticas aos seus sistemas de combate e inventário, o primeiro "Mass Effect" ainda é considerado por muitos fãs como um dos melhores - senão o melhor - game da série, por dar mais foco à exploração e menos em ação, como os jogos posteriores.

Foi com isso em mente que, durante o desenvolvimento de "Mass Effect: Andromeda", a Bioware decidiu voltar às raízes, e se dedicar a um universo mais aberto e com maiores possibilidades para os jogadores

"Acho que todos amamos a experiência do primeiro 'Mass Effect', apesar de hoje em dia algumas de suas mecânicas serem um tanto ultrapassadas, mas havia aquela sensação de que o universo estava à sua disposição", declarou o diretor do estúdio Bioware Montreal, Yanick Roy. "Por isso muito do novo jogo traz estes elementos antigos, seja com o novo foco em exploração, até o retorno do Mako".

Roy, que participou do desenvolvimento dos dois primeiros "Mass Effect" na Bioware Edmonton antes de trabalhar no multiplayer de "Mass Effect 3" em seu novo estúdio, também explicou sobre o processo de aprendizado da produtora ao lidar com mundos mais expansivos em "Dragon Age: Inquisition".

"A maior coisa que aprendemos com 'Dragon Age' - que foi a primeira investida da Bioware em jogos com mundos mais abertos - foi tentar encontrar o balanço entre fazer o jogador 'se perder' no game (o que pode não ser necessariamente algo bom) e prendê-lo à narrativa principal, o que enfraquece a sensação de exploração".

Novo mundo de aventuras

Como o próprio nome indica, o novo "Mass Effect" não se passará na Via Láctea, como a trilogia original, e sim na galáxia de Andrômeda.

De acordo com Roy, esta mudança deve-se a diversos fatores, principalmente ligados à sensação temática do novo game, em que os humanos são vistos como alienígenas, e não tem relações mais abertas com os habitantes desta região do que com Asari, Turian e Krogan.

Além disso, o desenvolvedor também indicou que, nos games anteriores, as raças e civilizações da Via Láctea já haviam mapeado boa parte da galáxia - algo que, em um terreno desconhecido, fica por conta do jogador.

E, por fim, Roy citou que, ao trazer a franquia para esta nova região, o jogador novato poderá se adaptar mais rapidamente ao que foi apresentado nos primeiros "Mass Effect", enquanto os fãs de longa data poderão ver certas referências - embora o cânone de decisões ainda seja ambíguo. "Quando criamos um cânone, há a sensação de que alguns jogadores acabaram não fazendo a escolha correta, o que não é necessariamente a melhor forma de lidar com isso", explicou.

Roy indicou que a EA e a Bioware pretendem mostrar mais detalhes sobre o game e suas mudanças narrativas mais para o fim de 2016, como forma de preparar o público para seu lançamento o início de 2017.

"Mass Effect: Andromeda" está previsto para PC, PS4 e Xbox One.