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Por pouco que "God of War" não se passa no Egito antigo, conta diretor

Do UOL, em São Paulo

15/06/2016 18h57

Neve, dragões, gigantes com quatro chifres... a mitologia nórdica apresentada no novo "God of War" é um cenário fascinante, porém, o time de desenvolvimento chegou a pensar em outro cenário para a próxima aventura de Kratos: o Egito antigo.

O estúdio Santa Monica queria tentar outra mitologia, mas existiram debates sobre quais deuses virariam saco de pancadas do espartano e que faria mais sentido para o jogo. "A mitologia egípcia foi a nossa segunda opção e metade do time estava convencida que esse seria o melhor caminho", conta Cory Barlog, diretor criativo do game, em uma mesa redonda com jornalistas de diversos veículos na E3.

"Os motivos estavam certos. Eu acho que, enquanto eu comparava as duas, pra mim a mitologia egípcia mostra que os faraós são personificações de deuses na Terra e sobre a civilização – menos isolada, menos estéril. Acho que nesse momento nós queremos realmente focar em Kratos. Tendo muita coisa ao redor dele iria distanciá-lo do tema central que temos pensado para ele – que é um estranho em uma terra estranha", conta o diretor.

A revelação do jogo ficou concentrada principalmente na relação de Kratos e seu filho justamente para mostrar parte dessa mudança de ares.

Esse lado introspectivo mostrado na demonstração da E3 vai fazer parte da história do game. Isso, porém, não quer dizer que os deuses nórdicos estarão seguros. O diretor disse que cenas intensas de ação vão estar presentes e veremos mais delas no futuro.

"Acho que esse tipo de espetáculo faz parte do nosso DNA", disse Barlog. "Eu fiz uma escolha deliberada nesta demonstração de não colocar isso por que eu sinto que nós sabemos muito bem como fazer isso. Nós precisávamos dar um passo para trás e mostrar para as pessoas o porquê mudamos esse jogo. Mas ainda é Davi versus Golias. A luta contra o troll é uma pequena versão do que queremos mostrar", explica.