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Tem um PlayStation 3? Sony pode estar devendo dinheiro a você

Usuários que usavam Linux no PS3 poderão receber dinheiro da Sony - Divulgação
Usuários que usavam Linux no PS3 poderão receber dinheiro da Sony Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

22/06/2016 11h26

Após 6 anos de batalhas legais, a Sony finalmente concordou em pagar danos a cerca de 10 milhões de usuários do PlayStation 3, após a empresa proibir o uso de outros sistemas operacionais no console.

Em 2010, a Sony removeu a funcionalidade "Other OS" do PS3, que permitia a usuários instalarem sistemas operacionais diferentes na plataforma, principalmente Linux. Em resposta, uma equipe legal representando usuários insatisfeitos foram à corte pedir alguma forma de retratação por não poder mais usar a função, e por comprar o console especificamente por ela.

Como defesa, a Sony indicou que a função não afetaria uma grande parcela dos donos do console, e que o Other OS poderia servir como uma fonte para pirataria de produtos.

O problema maior da empresa foi declarar que a atualização que desativaria o Other OS seria voluntaria, mas impediu acesso a PSN, jogos e filmes em Blu-Ray que necessitassem do novo firmware, ou até reproduzir arquivos guardados em centros de mídia.

O acordo estabelecido entre os advogados e a Sony garantirá US$ 55 a usuários que instalaram Linux no seu PS3, e US$ 9 extras a quem declarar que comprou o console com o Other OS em mente. A equipe legal, por sua vez, receberá US$ 2,25 milhões pelos serviços prestados.

Para ganhar os US$ 55 prometidos pela Sony, o usuário deve "atestar sob juramento a compra do produto e a instalação do Linux, mostrar o comprovante de sua compra ou o número serial e identificação da PlayStation Network, e comprovar o uso da função 'Other OS'".

Quem quiser a outra instância de US$ 9 devem enviar uma afirmação que, ao comprar o console, "sabiam da existência do Other OS, tinham necessidade da função Other OS, e pretendiam usar o Other OS".

É importante notar que o acordo, embora firmado entre as duas partes, não foi oficializado pela juíza Yvonne Gonzalez Rodgers, do Estado da Califórnia, que analisará o pedido em 19 de julho.