Jogar "Pokémon Go" ajuda a superar a depressão, conta jogador

Para jogar "Pokémon Go", você precisa sair de casa e passear por aí caçando os monstrinhos com o celular. Mas o que parece corriqueiro para algumas pessoas pode ser um desafio enorme para outras. É o caso do estudante universitário Gi Conagher, de Cachoeiro de Itapemirim (ES), que sofre de depressão e ansiedade, mas que, motivado pelo jogo, passou a sair de casa para caçar Pokémon.
"Foi um passo muito grande para mim", contou Gi ao UOL Jogos.
"Quando saiu aqui, eu logo quis sair de casa para jogar, mas eu comecei por volta das 9h da noite. Sair de noite estava fora de questão pra mim", contou Conagher, que estava preocupado com o perigo de um assalto e também com o que iria dizer para os pais. "Mas no dia seguinte, assim que acordei, saí de casa".
"Eu me interessei desde que anunciaram o jogo, sempre gostei de Pokémon, desde pequeno", disse o treinador, falando sobre os primeiros momentos com o game. "Os Pokémon que eu achei nem eram tão raros (os fatídicos Zubats), mas foi maravilhoso. Porque eu percebi que eu era capaz de muito mais do que eu pensava, entende?".
"Por causa da depressão, eu me sentia completamente incapaz de sair na rua. Não tinha ânimo nenhum, me sentia mal se tivesse que sair do quarto. E eu estava ali, andando por vontade própria, por causa do jogo. Me deu mais esperança em mim mesmo!"

Após passar o dia jogando, Gi resolveu comentar sobre a experiência com "Pokémon Go" no Facebook, rebatendo críticas feitas sobre a "alienação" dos jogadores na rede social. O comentário, postado na noite de ontem (4), já foi compartilhado mais de 2,4 mil vezes. Conagher diz que não imaginava toda essa repercussão. "Foi uma surpresa muito boa ver que o jogo tem esse efeito positivo em mais pessoas!"
"Alguns disseram que o jogo ajudou a começar uma rotina de exercícios e a socializar mais. Vejo relatos de gente que fez amigos, levou o cachorro para passear, se aproximou mais dos pais, irmãos ou filhos, deu uma corrida... O jogo é mais um motivo para as pessoas, e não só as que tem depressão ou outros distúrbios psiquiátricos, se exercitarem e conhecerem novos lugares".
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