Times de eSports criam associação para discutir premiação em torneios
Os principais times brasileiros de eSport oficializaram nesta quinta (25) a criação de uma entidade cuja sua principal razão é negociar e gerenciar patrocínios, direitos comerciais e de imagem em torneios e campeoantos.
INTZ, paiN, Big Gods, CNB, KaBuM, Keyd, Operation Kino e RED Canids formaram a Associação Brasileira de Clubes de eSports (ABCDE). Dessa forma, o grupo diz que consegue ter mais força em negociações com organizadores de torneios para manter o equilíbrio entre remuneração em campeonatos de "League of Legends", Counter-Strike" e outros eSports.
As negociações para criar a ABCDE levaram cerca de cinco meses e dentre as principais pautas do grupo estão debates sobre direitos de imagens para transmissões de competições, seja online ou pela televisão.
"No ano passado não conseguíamos imaginar que oito clubes conversassem sobre os mesmos interesses e com a mesma vontade sobre maneiras para fazer o eSport crescer de uma forma consolidada e profissional", disse Lucas Almeida, presidente da ABCDE e da INTZ. "Hoje a gente consegue sentar em uma mesa e alinhar nossos interesses".
A ABCDE também vai concentrar a comunicação entre os organizadores das competições e os clubes, com isso, problemas como os que ocorreram no início desse ano com times de "League of Legends" - quando três equipes foram punidas por não apresentarem os jogadores na data estipulada - serão minimizados ou até evitados.
Beto Vides, vice-presidente da associação e diretor de marketing da paiN, diz que a união dos times vem para "garantir que a regularidade continue acontecendo nas partidas, garantir que o show continue existindo, que os números existam e que o espetáculo continue ocorrendo".
A organização se diz aberta para receber novos integrantes no futuro, como a Remo Brave eSports, por exemplo, que é um dos clubes interessados a entrar no grupo.
A ABCDE afirma também que sua existência não vai afetar as competições. De acordo com seus representantes, sua existência vai estimular uma disputa justa entre equipes.
Força para negociação
A união dos times mostra que as equipes estão procurando novas formas de renda, principalmente com direitos de imagem. Nesse ano, com a transmissão da final do CBLoL em canais de TV por assinatura, os times perceberam que poderiam explorar melhor suas marcas com a exposição extra.
No futuro, o direito de imagem dos times será negociado caso as partidas sejam transmitidas em outros canais, conforme deixa claro o estatuto. "[...] Estabelecer os critérios e condições referentes às receitas decorrentes de, transmissões de jogos por televisão ou canais de internet por qualquer outro meio de transmissão ou reprodução que venha a ser desenvolvido, desde que seja do interesse de suas Entidades Filiadas".
A Riot Games, em comunicado oficial, diz que "que recebeu de forma positiva a notícia desta iniciativa", segundo a desenvolvedora, "a concepção de um grupo como este é uma evolução natural do eSports no Brasil e contribuirá cada vez mais para a profissionalização de todos os envolvidos no cenário competitivo".
De certa forma, a ADCDE visa a saúde financeira e jurídica dos times, resta saber se o grupo terá força para os organizadores de torneios e campeonatos flexibilizar suas regras e remuneração para os times participantes.
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