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"Sherlock Holmes: The Devil's Daughter" combina aventura e quebra-cabeças

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Imagem: Divulgação

Pablo Raphael

Do UOL, em São Paulo

29/08/2016 13h37

Sherlock Holmes é o maior detetive da literatura e inspiração para vários personagens que fazem parte do imaginário pop, como Batman e o Dr. House, entre outros. Após ganhar filmes estrelados por Robert Downey Jr. e uma excelente série na BBC, onde é vivido por Benedict Cumberbatch, o detetive vitoriano ganhou espaço também nos videogames, sendo o jogo mais recente "The Devil's Daughter", lançado em julho para PC, PlayStation 4 e Xbox One.

Sequência de "Crime & Punishment", o terceiro game da produtora BigBen com o detetive traz novamente Holmes e seu fiel parceiro Watson para investigar uma série de casos. A grande novidade é a participação da filha de Sherlock - boa parte da história gira ao redor dela e da enigmática moradora que se instala no apartamento ao lado do famoso número 221b da Baker Street.

VEJA TRAILER DE "SHERLOCK HOLMES: THE DEVIL'S DAUGHTER"

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Elementar, meu caro Watson

Assim como acontece em todas as obras envolvendo Sherlock, o detetive vai investigar vários casos misteriosos ao longo do game. No começo, essas investigações não parecem ter conexões umas com as outras, mas conforme o jogo avança, você vai percebendo que existe uma história maior que liga todos os casos.

Em geral, os casos investigados são assassinatos e você precisa usar o poder de observação e análise de Sherlock para encontrar pistas, interrogar suspeitos e também resolver quebra-cabeças.

Entre a resolução de um caso e o início de outro, Sherlock lida com várias pessoas diferentes e, aos poucos, a trama vai se construindo. É interessante notar que perto do final, muitas das decisões tomadas pelo jogador podem voltar para assombrar o detetive - o que dá um pouco mais de sofisticação para o enredo e vai fazer com que o jogador preste atenção ao que está rolando nos diálogos.

Há algumas sequencias de ação, como a fuga de Sherlock na floresta logo no começo do game, mas são trechos meio decepcionantes, baseados mais em tentativa e erro para escapar de armadilhas e perigos do que na habilidade do jogador. As lutas de bar, passatempo favorito do detetive e que parecem ótimas para variar um pouco o ritmo do jogo, são executadas de forma medíocre e deixam a desejar nos controles.

"The Devil's Daughter" funciona melhor quando tenta ser apenas um adventure de investigação e quebra-cabeças. Os casos são bem elaborados e conseguem prender a atenção enquanto você busca resolver cada mistério. Juntar todas as pistas e acusar o suspeito correto é um momento bastante recompensador e que faz você querer prosseguir na aventura.