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Com baralho econômico, brasileiro é 4º no Mundial de "Pokémon"

Raphael Souto foi o brasileiro mais bem classificado no último Mundial de "Pokémon" - Ruimar Gouveia
Raphael Souto foi o brasileiro mais bem classificado no último Mundial de "Pokémon" Imagem: Ruimar Gouveia

Do UOL, em São Paulo

26/09/2016 19h21

Com apenas 13 anos, Raphael Souto já faz parte da elite dos jogadores do card game de "Pokémon". O segredo para o sucesso? Muito otimismo e uma dose surpreendentemente razoável de treinamento, que sequer chegou a atrapalhar os estudos.

"Se você se empenhar e dedicar seu tempo a algo, você consegue chegar aonde quiser", explica Raphael. "Não é só o cara que você vê na TV - basta acreditar no seu sonho".

O jovem ficou na 4ª colocação no torneio de card game do 2016 Pokémon World Championships, realizado em San Francisco no final de agosto. Participante da categoria Sênior, Raphael competiu contra jogadores com idades entre 13 e 15 anos, e foi o brasileiro mais bem ranqueado no torneio.

Falando ao UOL Jogos, Raphael relata que treinou para a competição jogando com os amigos todos os sábados, e de vez em quando durante a semana. "O investimento de tempo não precisa ser grande. É algo que você faz no seu tempo livre, para se divertir com os amigos", diz.

Durante o Mundial, Raphael utilizou um baralho econômico, que ele montou selecionando cartas individuais - técnica que ele acredita ser a mais eficiente em termos de gastos. "Eu aconselho comprar as cartas individuais que você precisa separadamente, e não os pacotes fechados. Assim você garante que vai conseguir exatamente o que precisa para seu baralho".

Com o apoio do pai, porém, Raphael nunca ficou sem uma carta que ele queria. Testar diferentes baralhos para decidir qual é o melhor, sim, é algo que requer um grande investimento.

Brasileiro de Pokémon TCG - Pedro Henrique Lutti Lippe/UOL - Pedro Henrique Lutti Lippe/UOL
Competições realizadas ao longo do ano no Brasil qualificam jogadores para o Mundial
Imagem: Pedro Henrique Lutti Lippe/UOL

Mais novo que a franquia "Pokémon", Raphael teve seu primeiro contato com os monstrinhos de maneira curiosa: "Conheci esse mundo assistindo a vídeos de gente abrindo pacotinhos de cartas no YouTube".

Ele já assistiu a episódios do desenho, e já tentou jogar os videogames ("Não sou muito bom no game, só nas cartas mesmo", diz), mas "Pokémon" é sinônimo de cartas na vida de Raphael.

"O que eu mais gosto no jogo é que ele serve para que eu faça amizades", afirma. "Alguns amigos da escola começaram a jogar comigo, mas também tem muita gente, mais nova e mais velha, que eu conheci por causa de 'Pokémon'. E somos muito amigos mesmo".

Raphael faz questão de citar o nome de amigos que o ajudaram a alcançar o posto de 4º do mundo: Raphael Branco, Gabriel Simedo, Douglas Rodrigues, Rafael Fuchs, Felipe Cardoso, Henrique Nishi, e Rodrigo e Renato Giani.