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The Game Awards exagera nos comerciais, mas se firma como 'Oscar dos games'

Realizado em Los Angeles, The Game Awards decretou o final de 2016 para a indústria de games - Reprodução
Realizado em Los Angeles, The Game Awards decretou o final de 2016 para a indústria de games Imagem: Reprodução

Pedro Henrique Lutti Lippe

Do UOL, em São Paulo

02/12/2016 15h25

Realizado na noite desta quinta-feira (1º) em Los Angeles, a cerimônia do The Game Awards 2016 premiou os melhores jogos do ano, antecipou algumas novidades que estão por vir, e mostrou um pouco da verdadeira cara da indústria dos jogos.

A cerimônia aconteceu no pomposo Microsoft Theatre, regada por patrocínios milionários de empresas como AMD e Electronic Arts, mas não se levou a sério demais em nenhum momento. Para receber o prêmio de melhor direção por "Overwatch", Jeff Kaplan subiu ao palco de calça jeans e moletom.

O shooter "Overwatch", inclusive, foi eleito como jogo do ano pelo júri composto por 28 veículos da imprensa internacional de games (do qual o UOL Jogos faz parte - o único veículo da América Latina, inclusive), que estranhamente deu pouco destaque para o jogo mais falado de 2016, "Pokémon GO", que levou apenas troféus de menor destaque.

A noite ainda teve a consagração do brasileiro Marcelo "Coldzera" David, jogador da equipe de "Counter-Strike: Global Offensive" SK Gaming, que foi eleito o melhor pro-player do ano.

Para o espectador, a programação de pouco mais de duas horas de duração teve um ritmo gostoso: os destaques variavam bastante, com trailers de novos jogos e números musicais intercalando as entregas de prêmios. Em particular, as novidades de "Zelda: Breath of the Wild", "Mass Effect: Andromeda" e "Death Stranding" roubaram a noite.

Apenas a enxurrada de anúncios em formatos diferentes cansava um pouco. Às vezes, eles vinham na forma de comerciais tradicionais; em outras, 'repórteres' faziam entradas ao vivo para falar de uma ou outra marca.

Hoje, os Game Awards já têm um papel importante no calendário gamer: o de fechar as cortinas do ano. A cerimônia passa um ar de 'fim de festa' - mas não no sentido pejorativo. Os grandes lançamentos da temporada já estão mundo afora, e agora as produtoras podem se acalmar e falar sobre os jogos que saíram e encaixar anúncios menores de projetos que estão por vir, sejam eles milionários ou independentes.