Números de vendas provam: "Call of Duty" está em decadência
Um dos maiores fenômenos de vendas da história da indústria dos games, a série "Call of Duty" está em decadência.
As vendas de "Call of Duty: Infinite Warfare" em disco nos EUA durante novembro foram 50% menores do que as de seu predecessor, "Black Ops III", no mesmo período de 2015.
Em mercados menores que o americano, como no Reino Unido e no Japão, números preliminares das vendas de fim de ano mostram que a tendência é global.
Revelados à CNBC por dois analistas de mercado, os números de venda nos EUA mostram que o público está cansado da direção que a série tomou. Desde "Modern Warfare 3", em 2011, "Call of Duty" mergulhou cada vez mais fundo na temática de combates futuristas. O pico de vendas da série ocorreu com "Black Ops II", e a curva descendente começou no ano seguinte com "Ghosts".
Não consideradas pelos analistas, as vendas digitais melhoram as perspectivas de "Infinite Warfare", mas não o suficiente para colocar a Activision Blizzard em uma posição confortável. Desde outubro, o preço das ações da produtora caíram em cerca de 25%.
Os sinais de que "Infinite Warfare" poderia fracassar em comparação com seus predecessores começaram assim que o game foi anunciado.
Em maio, o trailer de revelação deste que é chamado de primeiro "Call of Duty" de ficção científica foi amplamente rejeitado pelo público. O vídeo foi o trailer mais 'descurtido' da história do YouTube (enquanto o do rival "Battlefield 1" foi o mais curtido).
Como temiam os fãs já na época, "Infinite Warfare" não faz quase nada para diferenciar-se de seus predecessores. Em certos momentos, é impossível distingui-lo de "Black Ops III", por exemplo.
Hoje, o nome "Call of Duty" é associado a um completo marasmo criativo - o que é preocupante para uma série que anos atrás revolucionou um gênero inteiro com a inventividade de "Modern Warfare".
As vendas de "Infinite Warfare" certamente ficarão na casa dos milhões, e ainda falta muito para a série deixar de ser lucrativa. Mas a tendência é preocupante: mesmo com tudo o que está acontecendo, a liderança da Infinity Ward - um dos estúdios responsáveis pela marca -, garante que combates futuristas continuarão sendo o foco.
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