Aumento de atividade física por "Pokémon GO" foi temporário, diz estudo
No ápice de sua popularidade, "Pokémon GO" levou diversas pessoas ociosas a ser mais ativas em seu dia a dia, caminhando mais em busca de monstrinhos espalhados por suas cidades.
De acordo com um estudo conduzido pela Harvard T. H. Chan School of Health, este aumento significativo de atividade física foi temporário, com usuários do game voltando a níveis parecidos com o de pessoas que não tiveram acesso ao game.
No estudo, os pesquisadores escolheram 1.182 pessoas entre 18 e 35 anos com um iPhone 6, capaz de gravar automaticamente o número de passos de seu usuário, e compararam o nível de atividade física entre jogadores e não-jogadores de "Pokémon GO".
A pesquisa foi feita por um período de 10 semanas, sendo que durante as quatro primeiras nenhum usuário teve acesso a "Pokémon GO". Na quinta semana, em que o acesso ao game foi disponibilizado, usuários de "Pokémon GO" andaram 955 passos a mais do que pessoas sem o jogo.
Com o passar do tempo, porém, os usuários de "Pokémon GO" passaram a se movimentar cada vez menos, e na sexta semana passaram chegavam a andar, em média, apenas 130 passos mais do que pessoas que não utilizaram o jogo.
O estudo também indica que os números de "Pokémon GO" são bem inferiores se comparados com aplicativos para celular voltados para fitness, como o Fitbit, que consegue uma média de 2.500 passos a mais de seus usuários durante a primeira semana de uso.
Ainda assim, o estudo não levou em conta outros benefícios que o jogo supostamente causou, incluindo melhoras na vida social e mental de seus usuários. A autora Katherine Howe diz que adoraria fazer uma nova pesquisa, focada em "intervenções de saúde pública não-intencionais".
A pesquisa, publicada no British Medical Journal, pode ser conferida aqui (em inglês).
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