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Depois de quase falir, viraram sócios de Ronaldo: como a CNB virou o jogo

Uma das organizações brasileiras mais tradicionais no ramo dos esportes eletrônicos já passou por seus perrengues antes de encontrar a glória - Barbara Gutierrez/UOL
Uma das organizações brasileiras mais tradicionais no ramo dos esportes eletrônicos já passou por seus perrengues antes de encontrar a glória Imagem: Barbara Gutierrez/UOL

Barbara Gutierrez

Do UOL, em São Paulo

19/04/2017 04h16

Tudo começou com a criação de um time chamado 'Canibais' em uma sala de aula. Agora, como organização de eSports, a CNB e-Sports Club recebe até apoio direto de Ronaldo "Fenômeno" Nazário - mas nem tudo foram flores. Em seus 16 anos de história, o clube já passou por muitos momentos difíceis e chegou a dever para seus pro players recentemente, ainda em 2016.

"Foi um momento bem chato. O comercial estava muito instável, não tínhamos certeza de patrocinadores", diz Cleber Fonseca, que é sócio fundador da equipe ao lado de Carlos Fonseca, seu irmão.

Em setembro de 2016, foi revelado que a CNB estava devendo salários para diversos jogadores, que iam desde o programa de categoria de base "Preparando Campeões" até os titulares do time do Campeonato Brasileiro de League of Legends.

Alguns dos pro players de "League of Legends" que não receberam na época relatavam valores que eram referentes a 2015.

"Este tipo de crise não é só ruim para a empresa como um todo, mas eu e meu irmão ficamos muito preocupados. Tivemos que lidar de forma natural, já que é algo que pode acontecer com muitos times. No futebol isso é bem comum e passamos por isso, mas serviu como amadurecimento para nós como gestores como para a empresa em si."

Na época, eles já negociavam a parceria com o famoso jogador de futebol e André Akkari, profissional de pôquer, que juntos compraram metade da CNB. Hoje, depois de se livrar das dívidas, a organização deu a volta por cima.

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A CNB teve outro momento complicado, mas lá no passado, ainda em 2011. "Foi um dos momentos mais difíceis", lembra Cleber. "Em 2009 e 2010 tivemos uma crescente muito grande e chegamos a disputar campeonatos internacionais na Espanha e na França. Tivemos 13 modalidades nesta época, mais de 80 atletas."

"Quando 2011 chegou, eu e meu irmão tivemos muitos problemas particulares, freamos o crescimento e foi um ano bem difícil. O CNB quase acabou nesta época, pensamos muitas vezes em parar, foi complicado mas continuamos."

Mesmo depois de tantos problemas, os donos do clube contam hoje com uma estrutura oferecida por poucas outras equipes de eSports. Sua arena, que tem capacidade para 150 pessoas e é localizada na Gaming House, é um dos motivos de alegria de Cleber.

Além disso, há coisas como pequenos detalhes, como o uniforme do time ser original e feito pela Adidas. "Executar esses projetos e ser pioneiro é algo que está no nosso DNA."

Hoje, focando principalmente em seus projetos de "LoL" - o programa de peneira "Preparando Campeões" e a equipe do CBLoL -, o time se encontra no topo do cenário brasileiro, junto a outros grandes clubes bem consolidados e de renome.

"Trabalhamos todos estes anos para chegar neste momento, ir para um novo patamar", finaliza Cleber.