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"Star Wars Battlefront II" quer ser game definitivo para os fãs da franquia

Star Wars: Battlefront II - Divulgação - Divulgação
Grandes batalhas entre naves X-Wing e Tie Fighters estão entre as favoritas dos fãs de "Battlefront"
Imagem: Divulgação

Barbara Gutierrez

Do UOL, em Los Angeles

11/06/2017 13h36

Lidar com os fãs de “Star Wars” não é uma tarefa fácil, principalmente se seu jogo possui falhas consideráveis. Ouvindo as preces - e os xingamentos também - do público, a DICE aparentemente quer consertar os erros do passado e trazer uma versão definitiva com “Star Wars Battlefront II”.

Já é um bom começo a existência do modo história em si. Desde o lançamento do primeiro título do game, ainda em 2015, os jogadores pediam incansavelmente uma campanha offline além do modo multiplayer.

Convenhamos que o pedido chegava quase à obviedade - hey, estamos falando de “Star Wars”, um universo riquíssimo em detalhes e histórias. Desta vez, com seu segundo jogo, a desenvolvedora trará uma história inédita com novos personagens, cuja linha temporal tem lugar entre os acontecimentos dos filmes "Star Wars: O Retorno de Jedi" e “Star Wars: O Despertar da Força”.

Mas este não foi o único ponto de evolução.

Agora o jogo terá quatro classes diferentes com um espectro de variedade que não apenas insere uma profundidade maior no gameplay, mas também oferece uma necessidade maior do trabalho em equipe.

Cada uma das funções se adapta a diferentes tipos de perfis de jogadores e trazem habilidades próprias que tornam ainda mais necessária a cooperação.

Um toque de classe

Não importa se você curte andar por aí com uma metralhadora ou armas pesadas em geral (classe ‘heavy’), ficar na linha de frente com granadas ou armas de médio alcance (‘assault’), jogar como sniper (‘specialist’) ou construir umas engenhocas para seu time (‘officer’). Não se preocupe: há um tipo específico de soldado para você. Ah, tem mais: existem opções de armas diferentes para as classes, podendo tornar ainda mais única a forma como cada um joga.

No escopo geral da batalha, essa diversidade - que lembra bastante “Battlefield” inclusive nos sistemas de progressão de classes, personagens e veículos - evita que os heróis ou vilões tenham um papel completamente decisivo (e desbalanceado) na vitória. Sim: jogar com Rey ou Kylo Ren por exemplo ainda oferece uma clara vantagem em comparação aos soldados iniciais, mas basta formar um grupo estrategicamente unido e então será bem mais fácil eliminar estas peças do mapa.

Assista ao trailer de "Star Wars: Battlefront II" da E3 2017

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Numa galáxia muito distante

E falando em mapas, além de continuarem no padrão do primeiro game com gráficos lindos, eles estão ainda mais detalhados e são divididos em fases.

Como exemplo, Theed - a cidade que foi disponibilizada na demo da EA Play - tem três fases: conquista/defesa de território com um veículo de grande porte, entrada no Palácio e tomada de posse da Sala do Trono.

O diferencial do primeiro momento em Theed foi justamente a possibilidade de utilizar naves para auxiliar sua equipe durante a batalha. Os veículos e as tropas trabalham em conjunto lutando pelos mesmos objetivos, que vão mudando de acordo com o que seu time (ou a equipe oponente) conquista.

Se antes no primeiro game era necessário encontrar os itens certos pelo mapa para conseguir um dar um ‘up’ em seu personagem - seja um veículo ou até mesmo um herói ou vilão -, agora a questão deixou de ser sorte ou simplesmente exploração. Conforme o bom rendimento do jogador, ele ganha pontos que serão revertidos em crédito para serem utilizados na hora em que ele morre e vai voltar à partida.

De um caça até Darth Maul, tudo tem seu preço. É a ação direta do capitalismo na galáxia - só torça para não existir qualquer tipo de inflação universal, já que os personagens mais queridinhos de “Star Wars” estão acima de 5 mil pontos. Pois é, nada é de graça.



Por fim, um dos maiores acertos da DICE com seu novo título é, sem dúvida, a decisão de distribuir gratuitamente o conteúdo lançado após a saída do jogo. Os personagens Finn e Capitã Phasma já foram até confirmados neste novo formato de distribuição.

O grande problema do "Battlefront" anterior era manter uma comunidade ativa após o pico inicial de lançamento do game e a cada novo pacote de conteúdo adicional e expansão, que dividem a base de jogadores e geram complicações apenas para achar outros jogadores e formar uma partida simples.

Talvez a distribuição gratuita do conteúdo seja uma boa solução para segurar mais pessoas em uma comunidade que só exigiu aquilo que já lhe era de direito desde o começo: um game mais bem estruturado e com profundidade emocional, como “Star Wars” (e seus fãs) merece - e é justamente isso que “Star Wars Battlefront II” quer oferecer.

“Star Wars Battlefront II” sai em 17 de novembro para PlayStation 4, Xbox One e PC.