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Por que "Zelda: Breath of the Wild" merece ser o Jogo do Ano?

Divulgação/Nintendo
Imagem: Divulgação/Nintendo

Pedro Henrique Lutti Lippe

Do UOL, em São Paulo

07/12/2017 04h00

Era inevitável: com tantos jogos de mundo aberto sendo lançados ano após ano, uma hora algum deles iria revolucionar o gênero. Mas demorou. A fórmula foi se desgastando, e o sentimento de descoberta que antes motivava a exploração acabou substituído pelo tédio de ir de ícone a ícone no mapa.

Enfim, "The Legend of Zelda: Breath of the Wild" chegou, tomando as rédeas do gênero e mirando na direção certa.

Verdadeiramente livre, o herói Link pode explorar Hyrule no ritmo que quiser, descobrindo segredos escondidos por todos os lados e enfrentando desafios na ordem que desejar. Basta estar preparado - comendo algo quente, carregando uma fonte de fogo ou se agasalhando bem antes de explorar as montanhas nevadas, por exemplo.

Veja também:

Oscar dos games

Principal premiação de games do ano, o The Game Awards 2017 acontecerá no dia 7 de dezembro, em Los Angeles (EUA). Você pode acompanhar o "Oscar dos games" na transmissão ao vivo do UOL Jogos, a partir das 23h, com comentários em português.

O UOL Jogos é um dos sites que escolhem os vencedores dos prêmios do The Game Awards, inclusive o cobiçado troféu de Jogo do Ano. Além de "The Legend of Zelda: Breath of the Wild", concorrem ao prêmio os jogos:

O Game Awards também é palco para a divulgação de novos trailers de jogos muito aguardados e anúncios de games inéditos.

Um mundo vivo

Sem qualquer memória do que tinha acontecido, Link desperta 100 anos após uma catástrofe praticamente varrer o próspero reino de Hyrule do mapa. A antes gloriosa civilização agora está em ruínas, e a natureza selvagem dá largos passos na reconquista de todo o espaço que o homem havia ocupado.

Caso o jogador deseje, há uma história épica de redescoberta de si e redenção a ser aproveitada em "Breath of the Wild".

Mas o game não conduz o jogador pela mão: após deixar o platô inicial, é possível explorar o mundo em busca de recursos, armas e equipamentos poderosos, dinheiro, e até mesmo interações divertidas com os sobreviventes da catástrofe, sem nunca tocar na história principal.

O novo "Zelda" nunca obriga Link a fazer nada - ao invés disso, ele oferece pequenas recompensas para cada bom uso de poderes e boa ideia de um lugar para explorar, e assim motiva o jogador a continuar sendo criativo e curioso. É um design inteligente, mas extremamente difícil de acertar. Seria muito mais fácil marcar com um ícone no mapa onde está cada novo desafio - mas também muito menos divertido.

Por ousar muito mais do que qualquer outro jogo em 2017 e ressuscitar a criatividade nos mundos abertos, "The Legend of Zelda: Breath of the Wild" merece as honras mais altas que a indústria pode oferecer.