Nada de Ryu e Ken: "Street Fighter II" teria Masaaki Kakuda como estrela
Qual é o seu lutador preferido de “Street Fighter II”? Masaaki Kakuda, Zhi Li ou Shilke Muller? Se você acha que essa pergunta não faz sentido nenhum, saiba que esses seriam os nomes dos personagens do jogo segundo os planos iniciais da Capcom. Na verdade, não era só os personagens: o jogo inteiro seria completamente diferente.
Nos dois anos e meio entre a primeira reunião de planejamento de “Street Fighter II” em outubro de 1988 até o seu lançamento oficial nos arcades em 1991, várias mudanças aconteceram com o estilo do jogo.
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Ao invés de lutas que se passam nas ruas e localidades de vários países, o conceito inicial era para um torneio de artes marciais em uma ilha deserta, ideia similar a de “Mortal Kombat”, lançado em 1992 – e provavelmente inspirado no clássico filme de Bruce Lee, “Operação Dragão”.
A ideia era oferecer uma seleção de oito lutadores e sete cenários, sendo que os jogadores escolheriam um personagem e lutariam em combates diretos, mesmo esquema utilizado na versão final de “SFII”.
No entanto, entre os esboços iniciais para os lutadores, queridinhos como Ryu e Ken não aparecem, ao menos como os fãs passaram a conhece-los. Vale lembrar que ambos chegaram a aparecer no “Street Fighter” original de 1987. Confira abaixo quais eram as sugestões principais para os novos personagens:
Porém, após esse planejamento inicial, uma escassez de chips de ROM em 1988 fez com que o projeto fosse cancelado precocemente no desenvolvimento devido a altos custos de fabricação.
Por esse motivo, a Capcom decidiu desenvolver um novo jogo que usaria menos memória e seguiria o estilo do bem sucedido beat ‘em up “Double Dragon”, batizado inicialmente de “Street Fighter ’89”, mas renomeado de “Final Fight” antes de ser lançado em dezembro de 1989.
O sucesso de “Final Fight” foi avassalador nas casas de fliperamas no mundo todo, o que incentivou a mesma equipe de desenvolvimento a voltar ao projeto de “SFII”. Assim, o conceito de oito lutadores e quatro chefes foi logo decidido, com esboços de muitos personagens e cenários sendo propostos e rejeitados.
Os designers da Capcom resolveram então resgatar a dupla de lutadores do “Street Fighter” original, Ryu e Ken. Como os dois eram muito parecidos, Ryu quase foi descartado do jogo, mas os desenvolvedores mudaram de ideia. Assim, os dois amigos inseparáveis foram incluídos e tiveram seus visuais alterados para quem não fossem tão semelhantes.
Ken Masters manteve os cabelos loiros e o quimono vermelho da sua versão de 1987.
Zangief também surgiu nessa nova onda, e sua história indicava que ele havia sido banido do wrestling profissional por ser muito brutal contra seus adversários. Na época tinha o peculiar nome de Vodka Govalsky (embora nunca tenha sido considerado de forma séria para a versão final do jogo).
O conceito de “homem-fera” visto em Anabebe no conceito original de 1988 foi revisado e acabou se transformando no Blanka, que tinha um nome inicial de “Hamablanka”.
Além de Ryu e Ken, Sagat é o terceiro e último personagem do jogo de 1987 que retorna em “SFII”, com um visual quase idêntico, mas sem a famosa cicatriz no peito – feita por Ryu no game antecessor, onde Sagat era o chefão final. Na imagem acima podemos ver as várias transformações de Vega, começando por um ninja para ninja-matador para ninja-cruzado e finalmente para algo mais próximo do que conhecemos hoje
Outros personagens do primeiro conceito foram reformulados, os quatros chefões foram introduzidos e assim em 1991 “Street Fighter II: The World Warrior” chegava aos fliperamas encantando milhares de jogadores e virando uma febre mundial que dura até os dias de hoje.
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