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"Netflix" de jogos superou expectativas, diz diretor de marketing do Xbox

Aaron Greenberg, diretor de marketing do Xbox, veio à BGS 2018 - Rodrigo Lara/Colaboração ao UOL
Aaron Greenberg, diretor de marketing do Xbox, veio à BGS 2018 Imagem: Rodrigo Lara/Colaboração ao UOL

Rodrigo Lara

Colaboração para o UOL

10/10/2018 18h25

Faz pouco mais de um ano que o Xbox Game Pass entrou em funcionamento. A data exata é 1° de junho de 2017 e, de lá para cá, o serviço se tornou um dos principais argumentos de compra de um Xbox One.

A razão para isso é que, por R$ 29 ao mês, o jogador tem acesso a uma biblioteca de mais de 100 jogos, tanto de Xbox One quanto de Xbox 360. E todos os novos jogos exclusivos lançados para o console da Microsoft ficam disponíveis no serviço no mesmo dia de lançamento.

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Uma conta básica aponta que um ano de assinatura sairia por R$ 348, valor inferior à compra de dois jogos novos do console. Convenhamos: dificilmente você conseguirá jogar todos os games disponíveis nesse período.

Oferecer um custo-benefício "irresistível" para os jogadores era uma das metas iniciais do serviço. Quem diz isso é o diretor de marketing do Xbox, Aaron Greenberg, ouvido com exclusividade pelo UOL Jogos durante a BGS 2018. "Nós sempre ouvimos que cada vez mais pessoas assinam serviços de música e streaming de filmes e se sentem satisfeitas com o custo-benefício. E, até o Xbox Game Pass, nada tinha sido feito em grande escala no mercado de games".

Ao detectar a oportunidade, Greenberg diz que a Microsoft se deparou com um terreno desconhecido. "Havia uma série de incertezas. Fizemos muitas pesquisas e análises para prever o que aconteceria, mas os resultados ficaram muito além", comemora.

Para o executivo, um dos maiores segredos do serviço é, justamente, o custo-benefício. "Você paga um valor baixo e pode baixar e jogar mais de cem jogos. E o fato de oferecermos nossos principais jogos no dia do lançamento foi um diferencial".

Ele também aponta que, em termos de negócios, a iniciativa tem sido produtiva tanto para a Microsoft quanto para outras produtoras e, claro, para os jogadores.

"A resposta tem sido positiva, o número de assinantes cresce em um ritmo constante [Greenberg não revelou o número total de assinantes do serviço]. O Brasil, por exemplo, é um dos mercados que mais crescem no mundo. Com o Game Pass, notamos que os jogadores passaram a jogar os games por mais tempo, e as comunidades ao redor dos games também ficam maiores. Além disso, as produtoras se beneficiam porque têm a oportunidade de alcançar novos públicos."

De acordo com Greenberg, a ênfase do Xbox nos próximos anos é justamente gerar mais conteúdo. "Nós adquirimos novas produtoras, então a ideia é essa, oferecer cada vez mais conteúdo para os jogadores". Outro exemplo citado pelo executivo é o recém-anunciado Xcloud, serviço de streaming de games que permitirá que os jogadores utilizarem seus celulares e tablets para jogar.

Ainda não há uma previsão para estreia do serviço, mas a Microsoft planeja testes fechados já em 2019.

Perguntado se esses serviços seriam uma forma do Xbox alcançar a concorrência em termos de vendas e corrigir possíveis erros do passado, Greenberg é enfático. "O importante é aprender com possíveis erros. Nós queremos dar cada vez mais motivos para os jogadores escolherem o Xbox. E se os games investem na gente, nós investimos nele".

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