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21/08/2009 - 15h22

"Shift" renova "Need for Speed" com realismo; UOL testou

CLAUDIO PRANDONI
Colaboração para o UOL
Após anos de versões criticadas pela falta de variedade e inovações significantes, a franquia "Need for Speed" retorna neste segundo semestre de 2009 com grandes promessas.

A convite da Electronic Arts Brasil tive a chance de testar no computador uma versão quase final de "Need for Speed Shift", edição da série que busca deixar de lado as fantasias radicais dos jogos anteriores e oferecer uma experiência extremamente realista de competir em provas oficiais com carros de alta performance.

Ainda que a disputa no gênero seja ferrenha, "Shift" traz potencial de sobra para se destacar, disputar com méritos a preferência dos aficionados e fazer jus ao legado que carrega.

Realismo a toda velocidade

A temática de "Shift" se reaproxima de "ProStreet", que contava apenas com provas oficiais - nada de rachas noturnos - mas isso se reflete também nos controles.

Esqueça completamente o estilo descontraído, o chamado 'arcade', que marca praticamente toda a série. "Shift" segue a cartilha consolidada por "Gran Turismo" e tão bem aprendida por "GRID" e "Forza Motorsport". Ou seja, isso resulta em realismo intenso e dificuldade elevada.

A simulação de física é das mais competentes e isso se evidencia no sistema de colisão, por exemplo. Dificilmente acontece aqui a velha manha de facilitar curvas se escorando em outros carros já que um mero toque alta velocidade é capaz de fazer o veículo girar e sair da pista. O carro ainda reage de forma distinta a cada tipo de terreno, aumentando ainda mais a imersão e sensação de realismo.

Porém, isso tudo pode ser ajustado e aí entra outro aspecto crucial de "Shift". O título é o episódio da série com mais opções de personalização. Isso engloba desde opções já triviais, como mudar pintura e acessórios do carro até regulagens detalhadíssimas de suspensão, freio, câmbio, torque e outros aspectos. Toda a interface visual durante as corridas pode ser configurada, permitindo selecionar quais elementos estarão presentes na tela, como marcador de velocidade e colocações na disputa.

Por fim, a própria dificuldade pode ser regulada, não apenas ajustando a inteligência artificial dos oponentes como também mudando os efeitos de física. É possível, por exemplo, definir se os danos causados no carro durante as provas afetarão a performance dele ou serão somente mudanças estéticas.

Velocidade no trailer oficial da Gamescom


Visual, perfil e modo carreira

Falta porém certo polimento na opção de visão interna. Por mais que o trabalho de recriação seja fantástico, permitindo visualizar minúcias do painel de controle, banco de passageiro e outros elementos, não é possível perceber grande diferença entre a visão em primera pessoa já vista em outras versões e a de "Shift", que alega simular também o balanço da cabeça do piloto e os efeitos de velocidade sobre ele.

A evolução dos gráficos é gritante, agora mais realistas e menos estilizados. Contudo, falta o acabamento primoroso visto em "Grid" ou como promete "Forza Motorsport 3", que conseguem harmonizar melhor os efeitos visuais para passar impressão de realismo.

Mesmo assim, a sensação de velocidade é alta como pouco se vê em simuladores deste calibre e há detalhes que evidenciam dedicação, como o efeito gradual de 'blur' (embaçamento) na visão periférica. A pista permanece em evidência, mas tudo em volta fica menos definido, ajudando a focar.

Outro ponto importante a destacar de "Shift" é o sistema de perfil, que busca inspiração em RPGs e no modo carreira da série "Rock Band". Em vez de ser premiado apenas por vitórias e marcas muito expressivas, o jogador é avaliado por cada ação e conduta dentro das pistas. Elementos diversos, como ultrapassagens perfeitas e agressividade nas curvas contam pontos que são acrescidos à sua conta no final de cada prova. Assim, mesmo em corridas em que se vá mal o jogador acumula pontuação, que permite avançar no modo carreira e também funciona como referência nas disputas online, ajudando a colocar juntos corredores de habilidades similares para disputas mais acirradas.

A própria opção de carreira volta diferente e mais simples. Em vez de um mundo aberto para explorar e achar provas, o jogador tem à disposição variadas provas, divididas em categorias, uma mais difícil que a outra. Conforme se vence, ganha-se estrelas que vão abrindo mais e mais desafios. A seleção de carros traz dezenas de veículos de montadoras famosas e agora os circuitos entram na dança, contando com locações famosas a exemplo de Laguna Seca.

"Shift" promete uma tão aguardada renovação drástica à amada série "Need for Speed" contando para isso com foco em mecânica de jogo extremamente realista. Pelo que indica esta prévia, a promessa é cumprida de forma competente e recheada de opções de personalização.

A competição entre os jogos de corrida é extremamente acirrada e até o final do ano esquenta ainda mais com a chegada de Forza Motorsport 3, mas ao menos fica a certeza de que nesta temporada "Need for Speed" vem para brigar pela hegemonia e não apenas bater cartão com um jogo que reaproveita uma fórmula já desgastada.

Uma das pistas mais técnicas do mundo: Laguna Seca

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