O bairro de Akihabara, localizado no coração da capital japonesa, é o paraíso dos amantes da cultura pop nipônica. Nessa região se espremem um sem número de lojas de mangás, animações, brinquedos e aparelhos eletrônicos por metro quadrado.
Mas Akiba, como chamam os íntimos, não é só isso: atualmente, trava-se uma verdadeira guerra entre os restaurantes de curry pela preferência dos fregueses - os japoneses adoram essa comida indiana. Outra particularidade da região são os "maid cafes", bistrôs em que os frequentadores são recepcionados por garçonetes vestidas como empregadas ao estilo francês.
Não é de se surpreender que Shinichiro Nagami tenha escolhido Akihabara para abrir o A-Button, bar temático que dispõe de 70 videogames, desde os atuais Xbox 360 e PlayStation 3, até os clássicos Famicom (o NES japonês) e o SG-1000, videogame da Sega que é o pai do Master System. Também há muitas raridades, entre eles o Vectrex, que é considerado o primeiro console com gráficos vetoriais, e o RX-78, computador doméstico da Bandai que tem seu nome baseado no robô do desenho Gundam.
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Nagami, ex-funcionário de uma casa de fliperama da Sega (e que também já trabalhou numa churrascaria tipicamente brasileira), conta que abriu o bar em junho do ano passado para ser um ponto de encontro dos fãs de games, que perderam espaço nos arcades japoneses (o perfil dos jogos passou a ser mais voltado para o público casual). Como muitos estabelecimentos nipônicos, o tamanho é acanhado: o balcão estreito comporta dez lugares, e uma mesa ao fundo, onde fica a principal TV da casa, tem mais três pessoas.
O A-Button é frequentado basicamente por entusiastas de games e desenvolvedores - o proprietário tem amigos na Sega e Poliphony Digital, mas também recebe clientes "normais" e alguns saudosistas, que costumavam jogar em videogames como o NES. Durante a Tokyo Game Show, o movimento aumenta, e aparecem também estrangeiros - europeus são os principais clientes não-japoneses do bar.
A casa, por falta de espaço, não possui muitos títulos, e pede para que os frequentadores tragam seus próprios games. A maioria vem entre quinta e sábado, depois de garimpar novidades nas redondezas. Enfim, no A-Button o gamer se sente em casa, que entre amigos, petiscos e drinques, põe a conversa em dia e faz o que mais gosta.