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Notícias

25/03/2006 - 12h11
GDC 2006 marca a vinda da "geração interligada"

THÉO AZEVEDO
Enviado especial a San Jose


Terminada a Game Developers Conference 2006, as considerações sobre o maior evento de produtores de games do planeta são variadas e interessantes. A GDC mostrou novamente não apenas um talento inigualável para discutir tendências do entretenimento eletrônico - algo que, infelizmente, acaba ficando mais nos bastidores -, mas também para servir como uma espécie de prévia da E3, que acontece em maio.

A grande vedete da GDC foi, sem dúvida, a internet. Distribuição digital de arquivos, multiplayer, redes online e download de jogos foram assuntos recorrentes nos cinco dias do evento, em San Jose, nos Estados Unidos. De alguma forma, todos buscam estar interligados com o consumidor, em uma relação mais direta, sem intermediários.

A Sony, depois de insistir em deixar para que cada produtora trata-se o multiplayer como quisesse, finalmente cedeu ao modelo de rede centralizada da Xbox Live e, no PlayStation 3, pretende até ir além, oferecendo mais recursos gratuitos, uma plataforma amigável para empresas terceirizadas e até a possibilidade baixar jogos inteiros no console de próxima geração.

A Nintendo, por sua vez, quem diria: anos atrás, seria impossível imaginar um videogame da Big N rodando jogos de um console da então concorrente Sega, como acontecerá com o Mega Drive e o TurboGrafix-16. O Revolution (título provisório, vale a pena lembrar) vai se fortalecendo para a batalha online, estimulado pelo ótimo desempenho do DS e de sua rede sem fio.

As revelações bombásticas ficaram para a E3 (potencialmente a melhor de todos os tempos, diga-se de passagem), o que já era esperado, pois faz parte do show. Mas, ainda assim, a GDC 2006 teve games, com direito à versão de "Zelda" para DS e várias demonstrações para PlayStation 3, como "MotorStorm" e "Warhawk".

Arquivo para dar e vender

Paralelo à agitação das conferências de Sony e Nintendo, e da badalação do pavilhão de exposições, ocorriam as palestras, algumas simplesmente imperdíveis, tão imperdíveis que se perderam, como a de Peter Molyneux, adiada na última hora, para frustração deste enviado do UOL e de várias outras pessoas.

Uma das mais concorridas foi a que contou com a participação de Gabe Newell, fundador e presidente da Valve Software, Greg Canessa, gerente da Xbox Live Arcade, além de outros célebres da indústria. Em pauta, a tal da distribuição digital de arquivos. Pelo que foi possível perceber, as "caixinhas" (ou, pelo menos, a maioria delas) estão com os dias contados.

Há quem contra-argumente dizendo que a "cultura da embalagem", do prazer de ter e abrir o pacote nas mãos ou presentear alguém é muito forte. Mas a verdade é que o iTunes e o próprio Steam, da Valve, estão aí para provar que o consumidor se adapta às mudanças. Afinal, ninguém deixou de ouvir música por causa da crise da indústria fonográfica, certo?

A distribuição digital de arquivos, do ponto de vista do produtor, é extremamente vantajosa, pois queima várias etapas (que tal comprar um jogo no domingo, à meia-noite?), diminui custos e, principalmente, estresse. Sim, o estresse. Newell disse que, ao distribuir conteúdo em episódios, a intervalos de seis meses, o ciclo de desenvolvimento é muito menos penoso se comparado à experiência de passar quatro anos criando um game. Além disso, o produtor consegue ter uma resposta imediata do que o consumidor mais gostou no título e, no episódio seguinte, atender suas aspirações.

Já a Microsoft comemora o sucesso não dos jogos incrementados do Xbox 360, mas da diversão rápida e prática dos games casuais da Xbox Live Arcade, que ainda dá oportunidades magníficas dos pequenos e desconhecidos produtores mostrarem suas criações.

Outros pequenos astros do evento foram os telefones celulares, que não servirão apenas para jogar aqueles games arcade para lá de manjados, e sim jogos massivos online e outras opções incrementadas com gráficos tridimensionais, graças aos chips gráficos que estão sendo desenvolvidos especialmente para a telefonia móvel.

Portátil, PC, console, celular ou o que for: o que importa é jogar, não importa o lugar ou a plataforma, e de preferência junto um amigo ou milhares de desconhecidos.

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Cobertura UOL da Game Developers Conference