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Notícias

05/12/2005 - 17h40
Criador de "Pac-Man" diz que diversão vem em primeiro lugar

Da Redação

Toru Iwatani, criador de "Pac-Man", disse na Digital Interactive Entertainment Conference 2005, um simpósio internacional de games realizado na universidade Ritsumei, no Japão, que a diversão deve vir em primeiro lugar nos games, explicando o sucesso de seu mais conhecido jogo. Iwatani produziu mais de 50 jogos na Namco e atualmente dirige o centro de incubação da empresa, que visa pesquisar novos jogos.

O clássico "Pac-Man" está no livro dos recordes como o arcade mais vendido de todos os tempos - foram 293 mil máquinas comercializadas. O personagem amarelo é um dos símbolos dos videogames, um dos mais conhecidos em todo o mundo, tendo protagonizado um desenho de grande sucesso.

Antes de falar do "Come-Come", lembrou alguns dos primeiros jogos da história, como "Tennis for Two", de 1958, desenvolvido por Willy Higinbotham adaptando programas para cálculo de trajetória de mísseis. Depois, lembrou "Space War" e "Pong", e o "Space Invaders", tido como o primeiro arcade do Japão, de 1978. Foi quando começou a competição entre Japão e Estados Unidos. Companhias japonesas como Taito, Namco, Sega e Nintendo tinham com objetivo chegar aonde a Atari chegou. A Namco, em particular, tem grande ligação com a companhia de Nolan Bushnell, pois comprou a filial japonesa da Atari e deu início ao ramo de videogames da empresa fundada em 1955.

Iwatani falou dos três conceitos por trás de "Pac-Man". O primeiro deles é que deveria ser um jogo aceito por mulheres e casais. E para atingir o público feminino, pensou numa mecânica que se baseava em comer. E, por fim, havia uma programação inteligente que regia os inimigos: cada um dos fantasmas tem uma inteligência artificial diferenciada. O vermelho persegue o comedor amarelo, enquanto o rosa visa um local à frente do jogador. O azul, por sua vez, mira um ponto intermediário no eixo que liga os dois personagens e o laranja faz escolhas aleatórias. Isso produziu um ótimo equilíbrio na dificuldade do jogo.

O produtor da Namco falou também na evolução dos videogames, dando como exemplo os jogos de corrida, desde "Grand Track 10", do Atari, até "Ridge Racer". E citou a importância de "Night Driver", também da Atari, um game que já simulava o efeito 3D dos jogos de corrida. Disse que, talvez, sem esse jogo, os jogos de corrida como são conhecidos hoje não tivessem nascido.

Num futuro, Iwatani compartilha com Nolan Bushnell algumas idéias. Ele tem dúvidas da continuidade do estilo atual, de ligar o videogame na TV. Em vez disso, enxerga um computador que inclua chips dedicados para jogos. Assim, a máquina poderia desenvolver atividades de computação geral e de entretenimento, com interfaces amplas, desde teclado, mouses, controles até outros sensores especiais.

Iwatani pensa que os jogos devem ser, antes de tudo, divertidos. "Comece com um projeto de inclusão e, a partir daí, acrescente novos elementos. Para isso é preciso pesquisar a psicologia humana. Creio que criar jogos é responder aos anseios do mecanismo da alma humana", ensina o produtor.

No final, disse o que é preciso para um criador de games: primeiro, aceitar os desafios com coragem e, depois, acreditar que sua missão é criar jogos. E também ter vitalidade para impulsionar suas realizações: "Digo sempre que com coragem, senso de missão e vitalidade você sempre terá sucesso", finaliza Toru Iwatani.

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