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27/02/2006 - 12h28
Segundo maior sucesso da Nintendo, "Pokémon" faz dez anos

da Redação

Fenômeno. Talvez essa seja a palavra mais apropriada para descrever a avassaladora carreira de "Pokémon", que, em exatos dez anos, comemorados nesta segunda (27), se tornou a segunda franquia de maior sucesso da Nintendo, perdendo apenas para o seu eterno mascote, Mario.

Nascido como um título para Game Boy, quando o portátil já estava em baixa diante de concorrentes mais poderosos, como o Game Gear, e os consoles da geração 32 bits, como o PSOne, se tornou muito mais que uma linha de jogos - virou uma verdadeira marca. Tanto que a Nintendo tem uma empresa somente para administrar o nome, a Pokémon Company.

A produção foi conduzida por Satoshi Tajiri, que se inspirou em sua infância na concepção do game. Era costume na época, durante o verão, as crianças capturarem besouros e os fazerem brigar entre si. Dessa brincadeira Tajiri tirou a idéia principal do game, a de capturar, treinar e fazer lutar diversas criaturas. Além disso, o colecionismo foi outro fator que tornou a série uma mania.

Mas o desenvolvimento não foi simples. O projeto começou pouco tempo depois do lançamento do Game Boy, em 1989. Na época, os jogos de ação e de quebra-cabeças eram tidos como ideais para o portátil, mas Tajiri percebeu que os RPG podiam dar certo vendo o sucesso de "The Final Fantasy Legend", da então Squaresoft.

O projeto levou seis anos para concluir e as atividades foram suspensas diversas vezes. Entre 1995 e 1996, quando o mercado do Game Boy estava em queda devido a concorrentes fortes como o Game Gear da Sega - um portátil colorido e mais avançado -, os também consoles estavam embarcando na era do 3D. Além disso, havia dezenas de outros RPG no mercado, e "Pokémon" corria o risco de ser apenas mais um entre eles.

Mas o que levou o game a se destacar foram as funções de comunicação e o lançamento em duas versões, cada um contendo uma série diferente de monstros. A idéia original era ter cada cartucho com uma seleção exclusiva de criaturas, mas dificuldades técnicas impediram sua realização. Então, Shigeru Miyamoto, criador de "Mario" e "Zelda", propôs a divisão em duas edições.

Com isso, a proposta era estimular ainda mais a comunicação entre os donos do game, pois a coleção somente é completa ao trocar monstros com outros cartuchos. Trazer o game em duas versões - verde e vermelho no Japão, vermelho e azul nos EUA - gerou críticas à companhia. Lançado finalmente em 27 de fevereiro de 1996, o resultado surpreendeu a produtora. Eles haviam criado mais que um game, mas uma comunidade inteira de jogadores.

Mas isso não aconteceu da noite para o dia. O lote inicial era de 230 mil unidades, mas a propaganda boca-a-boca fez de "Pocket Monster" um sucesso duradouro, sendo o terceiro (versão vermelha) e quarto (verde) títulos mais vendidos de todos os tempos para Game Boy. O primeiro é "Tetris". Quando o game foi lançado nos EUA dois anos depois, com um ótimo trabalho de localização, decidiu-se pela abreviação, em estilo japonês, de "pokêtto monsutá", resultando no nome que hoje é usado mundialmente.

Apesar de tanto sucesso, a franquia praticamente mantém sua popularidade confinada nos portáteis, primeiro com o Game Boy (Color incluso) e, depois, com o Game Boy Advance. O próximo jogo da linha principal será "Pokémon Pearl" e "Diamond", para Nintendo DS, ainda sem data para estrear.

Os monstrinhos também se aventuraram em diversos temas, como pinball ("Pokémon Pinball" para GBA), corrida ("Pokémon Dash", para Nintendo DS), quebra-cabeça ("Pokémon Trozei", DS) e em outros estilos de RPG, como é o caso das edições para GameCube, "Pokémon Colossuem" e "Pokémon XD: Gale of Darkness", além de títulos como "Pokémon Mysterious Dungeon" (GBA e DS) e "Pokémon Rangers" (DS).

Além disso, vários jogos mais experimentais foram testados, como "Hey You, Pikachu!", para Nintendo 64, em que o foco era se comunicar com o popular monstrinho amarelo - vinha até um microfone - ou "Pokémon Snap", também para N64, cujo objetivo era tirar fotos das criaturas.

Por conta da engenhosidade do sistema de jogo e do marketing amplo, a franquia "Pokémon" se tornou, nesses dez anos, o segundo maior sucesso da Nintendo em sua história. Segundo dados divulgados pela companhia em setembro de 2005, são 143 milhões de cópias vendidas. Perde apenas para "Mario", que em pouco mais de vinte anos vendeu 184 milhões de unidades. "Zelda", que comemorou vinte anos no último dia 21, está bem atrás, com 47 milhões, e "Donkey Kong", com 44 milhões. "Metroid" é o quinto, com a marca de 11 milhões.

Os monstrinhos que dão nome ao game não ficaram restritos ao mundo dos bits e invadiram todos os espaços que podiam: desenhos de TV, revistas em quadrinhos, jogos de cartas e longa-metragens para cinema. Tanta voracidade e marketing renderam críticas negativas à Nintendo e a mania excessiva fez com que fossem banidos das salas de aula em várias regiões do mundo. No Japão, existem lojas especializadas em Pokémon, além de parques temáticos e eventos só sobre o assunto.

Grupos religiosos, como os cristãos, também não viram "Pokémon" com bons olhos, acusando-o de satanismo e de afronta à teoria criacionista. Tanta polêmica rendeu até uma declaração oficial do Vaticano que apaziguou os ânimos, segundo noticiado pelo jornal inglês The Times. Os judeus também reclamaram que alguns cards que traziam a suástica, um dos símbolos do nazismo e tabu no ocidente. Na verdade, se tratavam de edições japonesas importadas. Comum no Japão, o símbolo, que tem origem milenar no sânscrito e representa a esperança e a boa sorte.

Um dos episódios mais conhecidos envolvendo os Pokémons foi a exibição de um capítulo do desenho animado, que devido a alternância rápida de intermitente de luzes, fez com que quase 700 crianças sofressem de convulsões e desmaios. Essa epilepsia provocada por sensibilidade à luz já havia provocado polêmica no mundo dos videogames em 1990, quando um garoto inglês morreu ao sofrer ataques durante uma partida de NES.

Outra polêmica envolveu a descoberta de um gene que pode desencadear câncer. Na revista Nature em janeiro de 2005, o geneticista Pier Paolo Pandolfi denominou o gene de Pokemon, sigla para "POK Erytroid Myeloid Ontogenic Factor". Temendo publicidade negativa, a Pokémon USA, que administra a marca fora da Ásia, ameaçou o centro de pesquisa Memorial Sloan-Kettering Cancer Center com ações judiciais. Em dezembro de 2005, o gene teve seu nome trocado para Zbtb7.

Veja abaixo a lista de todos os jogos da franquia lançado nos Estados Unidos, com indicações dos respectivos consoles e data.

. Pokémon Blue/Pokémon Red, Game Boy, setembro de 1998
. Pokémon Pinball, Game Boy Color, junho de 1999
. Pokémon Yellow, Game Boy Color, outubro de 1999
. Pokémon Snap, Nintendo 64, julho de 1999
. Pokémon Stadium, Nintendo 64, março de 2000
. Pokémon Trading Card Game, Game Boy Color, abril de 2000
. Pokémon Puzzle League, Nintendo 64, setembro de 2000
. Pokémon Puzzle Challenge, Game Boy Color, dezembro de 2000
. Hey You, Pikachu!, Nintendo 64, novembro de 2000
. Pokémon Gold/Pokémon Silver, Game Boy Color, outubro de 2000
. Pokémon Stadium 2, Nintendo 64, março de 2001
. Pokémon Crystal, Game Boy Color, julho de 2001
. Pokémon Ruby/Pokémon Sapphire, Game Boy Advance, março de 2003
. Pokémon Pinball: Ruby & Sapphire, Game Boy Advance, agosto de 2003
. Pokémon Channel, GameCube, dezembro de 2003
. Pokémon Colosseum, GameCube, março de 2004
. Pokémon Box: Ruby & Sapphire, GameCube, julho de 2004
. Pokémon FireRed/Pokémon LeafGreen, Game Boy Advance, setembro de 2004
. Pokémon Dash, Nintendo DS, março de 2005
. Pokémon Emerald, Game Boy Advance, maio de 2005
. Pokémon XD: Gale of Darkness, GameCube, outubro de 2005