19/04/2007 - 16h23 Advogado associa tragédia em Virginia a "Counter-Strike" da Redação Em entrevista à MSNBC, Jack Thompson, advogado e ativista anti-videogame, apontou o popular jogo para PC "Counter-Strike" como "culpado" pela tragédia na universidade de Virginia, em que o estudante sul-coreano Cho Seung-Hui matou 32 pessoas.
Thompson começou a entrevista citando o jornal Washington Post, que trouxe uma reportagem com colegas de Cho, afirmando que o assassino era grande fã de "Counter-Strike".
Para o advogado, o jogo serviu como "treino" ao estudante e que lhe permitiu ir de sala em sala matando as pessoas calmamente. Thompson costuma classificar jogos violentos - "Grand Theft Auto" é um de seus maiores alvos -, como "treinadores de assassinos".
"Counter-Strike" é um popular jogo para PC que coloca o jogador na pele de um terrorista ou um soldado de um grupo anti-terror. Com perspectiva em primeira pessoa, o objetivo é eliminar os oponentes, usando armas como a faca e diversos tipos de pistola, metralhadoras e espingardas.
A discussão sobre a relação entre games violentos (assim como filmes e outros produtos culturais) e comportamento agressivo vem de longa data, mas não há unanimidade sobre o assunto.
No Brasil, a questão dos jogos violentos foi levantada em 1999, quando o estudante de medicina Mateus da Costa Meira matou três pessoas e feriu outras quatro no cinema de um shopping center de São Paulo. O assassino foi condenado a 48 anos de prisão. À época, especulou-se que o jogo "Duke Nukem 3D" teria influenciado o estudante a cometer os delitos. No entanto, foi demonstrado que Meira agiu sob influência de cocaína. Quarenta dias depois do fato, o Ministério da Justiça proibiu a comercialização de seis jogos no país: "Blood", "Doom", "Mortal Kombat", "Postal", "Requiem" e o próprio "Duke Nukem 3D". |