do Finalboss

A revista americana EGM publicou um artigo onde Julian Eggebrecht, presidente do estúdio Factor 5, comenta a decisão de levar "Lair", mais novo game da empresa, para o PlayStation 3. ''Quando ouvi dizer do que estava acontecendo na Nintendo, eu me doí [sobre o Wii]. O áudio é relativamente medíocre. Ele é essencialmente um Gamecube 1.5, o que está bom por causa de tudo o que eles estão fazendo em relação ao controle com movimentos, o que é bem radical. Esta é precisamente a razão pela qual o Xbox 360 não me empolgou, porque não havia este salto, apesar de ter todo o resto''.

O chip Cell, processador de múltiplos núcleos presente no PS3, é usado para controlar a inteligência artificial e gerar todos os modelos poligonais do jogo, como terreno e personagens. ''Nossos mundos têm 32 quilômetros quadrados. Em comparação, nossas fases em "Star Wars Rogue Squadron II: Rogue Leader" tinham 16 quilômetros e a cada 16 metros, tínhamos detalhes no mundo. Aqui, temos detalhes a cada dois metros. É um grande 'uau' em termos de quantos detalhes podemos colocar. E também é muito mais trabalho para nós''.

Outro fator motivante foi a presença da saída HDMI (unificando em um cabo os canais de áudio e vídeo em qualidade digital) permitirá que os jogadores rodem o game em resolução 1080p, e se o usuário tiver um receptor surround compatível, áudio 7.1 sem compressão. ''A partir de quando você ouvi-lo sem compressão pela primeira vez, não tem volta. Espero que gente o suficiente invista dinheiro em um receptor destes. Talvez estejamos fazendo isto para nós mesmos''.

O controle com sensor de inclinação foi algo que Eggebrecht sempre pleiteou, e ele não acreditava que fosse entrar na versão final do PS3. ''A Sony teve que pagar pelo drive de blu-ray e pelo Cell. Então eu fiquei absolutamente feliz quando vi que este recurso entrou no controle final. Sobre a função vibratória sair, eu nunca liguei para ela mesmo''.

''Se as pessoas estão achando que é irrelevante que não possam usar mais de 9 gigabytes, isto está absolutamente errado'', comentou Eggebrecht sobre o drive blu-ray. Segundo o executivo, as texturas em altíssima resolução são transferidas continuamente do disco de 25 gigas para mostrar os cenários - como castelos e fortalezas - soldados, criaturas e suas respectivas animações. Cada fase do jogo tem mais de 4 gigabytes de disco. ''Isto está bom caso você queira fazer um jogo de duas fases em outro sistema'', diz Eggebrecht.

Por fim, a possibilidade de funções online - com uma presença ínfima no GameCube - pesou na decisão. ''Para sua programação online, a Sony tem basicamente tudo que a Microsoft tem, e mais''. O game não terá modo multiplayer via internet, mas terá uma classificação dos melhores jogadores, um sistema similar às conquistas do Xbox 360 e outros recursos para a comunidade de jogadores. Conteúdo para download está previsto, e os pedidos dos fãs poderão virar realidade: ''se você quiser ter sua criação de dragões, vamos criá-los'', sugerindo a possibilidade de um minigame.