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Mario & Sonic at the Olympic Games

26/11/2007

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
Nos idos da década de 90, quando a rivalidade entre Nintendo e Sega atingia seu auge, era praticamente impossível imaginar que suas mascotes poderiam co-estrelar um mesmo jogo. Uma década depois, o fabricante do Mega Drive e do Dreamcast se retirou do mercado de hardwares, para se concentrar apenas no ramo de produção e publicação, mas ainda demorou alguns anos para que os dois pisassem o mesmo palco.

O dia chegou e o cenário escolhido foram os Jogos Olímpicos de Pequim, a se realizar em 2008. No entanto, o encontro dos dois dos maiores ícones dos videogames em "Mario & Sonic at the Olympic Games" não rende tanto quanto a imaginação permite. Também pudera: a produção ficou com a Sega, que, faça-se justiça, não exibe a mesma desenvoltura de outros tempos. Basta ver o que tem acontecido com a franquia "Sonic".

Movimentos frenéticos

Precisão no arco e flecha
Quando se fala em jogo sobre olimpíada, a tradição é fazer o jogador gastar energia (e quebrar joysticks, dependendo do caso). "Decathlon", para Atari 2600, e "Track & Field", para fliperamas e videogames, são alguns exemplos. Como se pode imaginar, com "Mario & Sonic", é a mesma coisa, mas usando gestos em vez de marretar botões.

É um tal de chacoalhar, girar e torcer, tanto o Wii Remote como a extensão Nunchuk. Quanto mais rápido melhor. Dependendo da empolgação, pode preparar o massagista também. Apesar da boa variedade de provas, muitas possuem mecânicas de jogo similares. Apesar de haver algumas competições intrigantes, grande parte delas é apenas mediana e cansativa, tanto no sentido físico como na manutenção do interesse.

Em geral, para correr, chacoalha-se os dois controles, como se simulasse o movimento dos pés. Na natação, cada estilo tem seus próprios gestos. A produtora tentou incluir variedade dentro das provas. Não é só sair correndo ou nadando: há um gesto para dar saída, outro para trocar de parceiro nas provas de revezamento e por aí vai.

'Como se faz isso?'

Um dos grandes problemas do game é a dificuldade de entender como as modalidades esportivas funcionam. O manual traz apenas explicações genéricas, deixando para um tutorial dentro do game os meandros de cada prova. Além de ser enfadonho (alguns trazem mais de dez páginas de informações), muitas vezes você acha que está seguindo as instruções à risca, mas o game insiste em não obedecer. Modalidades como o salto triplo chegam a ser frustrantes. Durante as provas, até aparecem animações sobre como mexer nos controles, mas logo somem. Muito melhor seria um tutorial que demosntrasse tudo na prática. Até descobrir como se opera, pode ser tarde demais.

Mas, depois que se pega o jeito, vem mais um contratempo: a facilidade com que se bate recordes olímpicos e mundiais. Em algumas provas, basta dominar um ou dois elementos-chave da provas para conseguir altas colocações: é a saída nos 100 metros rasos, os pulos nos 110 m com barreiras, o ritmo de respiração na natação e quanto se deve levantar o controle no salto em distância ou no arremesso de lança. No tiro, o desempenho é mais influenciado por um minigame (a retícula aumenta ou diminui dependendo do resultado) do que pela própria habilidade com a mira.

As modalidades realmente interessantes são poucas e entre elas estão o arco-e-flecha, talvez o que melhor reproduz o esporte de verdade. Nele, é preciso puxar o Wii Remote pressionando os botões A e B, apontar para o local que deseja acertar e também guiar uma segundo retícula, esta controlada pelo Nunchuk. Por fim, ainda deve-se levar em conta o desvio de trajetória causada pelo vento.

Esportes olímpicos e outros nem tanto

Passeio geral pelas modalidades
Além das 20 modalidades olímpicas, há quatro do tipo "Dream", que são provas quem tem um tempero mais "videogame". O "Dream Race", por exemplo, traz um quê de "Mario Kart" às corridas. Já o "Dream Fencing", lembra "Street Fighter", com barra de energia e até "super combos". Sabe a revolução que a turma de Mario fez no tênis com "Mario Tennis"? É mais ou menos o esquema de "Dream Table Tennis". Por fim, o "Dream Platforming" é uma versão superexagerada do trampolim (altura: 10 mil metros), com lances de "Pilotwings".

A modalidade principal é o Circuit, em que os jogadores participam de três a cinco provas em seqüência, dependendo da classe. Chegando nos três primeiros lugares, as opções seguintes surgem, e novas provas são liberadas no modo de competição avulsa. No Circuit há um quê de estratégia, pois há uma opção de dobrar os pontos obtidos numa prova, desde que se chegue entre os três primeiros; a partir do quarto, os pontos são descartados.

Mario vs. Sonic vs. Mii

Existe também uma modalidade de missão, com seis objetivos específicos para cada personagem. Aqui, a dificuldade varia, e algumas são quase impossíveis de completar, como vencer Sonic nos 100 m rasos usando Mario. Isso pode fazer sugerir que o ouriço terrestre da Sega seja o personagem mais rápido do game, mas, na mão do jogador, as características dos bonecos não parecem fazer muita diferença.

São, ao todo, 16 personagens, sendo oito da turma de Mario e o restante vindo do mundo de "Sonic the Hedgehog". Eles estão divididos entre quatro categorias básicas: os fortes, os equilibrados, os rápidos e os técnicos. Mas, como dito, os parâmetros não parecem decisivos no resultado. O jogador também pode usar os Miis.

Diversão para quatro jogadores
O game aceita até quatro jogadores, mas, pela dificuldade de entender os comandos pela presença de algumas provas nada simples, está longe de ser um jogo casual. Mas, para quem tem alguma experiência, vencida essa fase de aprendizado, o multiplayer se torna mais divertido. A conectividade online é usada apenas para registrar os recordes.

Em termos gráficos, o visual de "Mario & Sonic at the Olympic Games" está o.k., integrando bem os personagens de "Mario Bros." e "Sonic", além dos Miis. Os cenários são mais simples, mas tenta-se dar um aspecto de transmissão de TV, com direito a replays e, nas provas de natação, uma linha imaginária que simula o ritmo do recordista mundial. O som é genérico, mas, na opção Gallery há alguns minigames com trilhas sonoras clássicas. As vozes são repetitivas e podem irritar.

CONSIDERAÇÕES

"Mario & Sonic at the Olympic Games" não é o palco dos sonhos que se poderia imaginar para o encontro de dois dos maiores ícones dos games. É um jogo de olimpíada sem muita imaginação, que falha em explicar seu funcionamento e no "feedback" (você fica imaginando: "será que estou fazendo o certo?) Somente entendendo seu modo de operação (muitas vezes a duras penas) é que se desfruta de alguma diversão. Algumas poucas provas são realmente inventivas, mas é insuficiente para recomendar o título.

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    Mario & Sonic at the Olympic Games (Wii)

    121 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Sega
    Lançamento: 06/11/2007
    Distribuidora: Sega
    Suporte: 1-4 jogadores, cartão de memória
    Outras plataformas: DS
    RegularAvaliação:
    Regular

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