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Pandora's Tower

Douglas Vieira

do Gamehall

28/06/2013 19h25

Dos três jogos que a campanha Operation Rainfall tinha como meta trazer para os EUA, “Pandora’s Tower” é o mais “fraco” - mas apenas por apenas por não brilhar tanto quanto “Xenoblade Chronicles” ou “The Last Story” - mas possui o seu valor.

Além de uma história com finais que variam levando em conta o seu relacionamento com a personagem Elena, o game também reserva bons momentos nas batalhas, várias torres para explorar, e, apesar da repetição de algumas idéias, é um RPG que vai ocupá-lo por algumas dezenas de horas.

A trilha sonora merece destaque: é difícil não ficar com as melodias de "Pandora's Tower" ecoando na mente por algum tempo, em especial o tema do Observartory.

Infelizmente “Pandora’s Tower” tropeça em detalhes técnicos, principalmente no que diz respeito à câmera, que vez ou outra vai te atrapalhar e tomar um tempo para deduzir o caminho a ser seguido. Mesmo assim, é um game que você deve jogar, mesmo que seja para, quem sabe, se despedir com estilo do Wii.

Introdução

Típico RPG de ação, "Pandora's Tower" apresenta a jornada de Aeron para salvar Elena de uma terrível maldição. Para salvar a garota, você precisa visitar várias torres e derrotar os Masters, criaturas monstruosas que remdem 'Fleshs', itens que, reunídos, livrarão Elena da maldição.

Assim terá início uma verdadeira corrida contra o tempo. Armado com a Oraclos Chain, corrente que serve como arma e acessório, e outros equipamentos encontrados ao longo da jornada, cabe a Aeron ajudar Elena ao mesmo tempo em que desenvolve uma relação com a personagem - o final da história fica nas mãos do jogador.

 

Pontos Positivos

Diversidade no combate

“Pandora’s Tower” mistura elementos de “The Legend of Zelda” (pelos calabouços) e de “Castlevania” (na ambientação). O jogo pega um elemento importante de ambos: os combates em tempo real.

As lutas acontecem sem grandes complicações por aqui: Aeron possui quatro armas (a corrente, espada, espadas curtas e foice, sendo que as três últimas podem ser melhoradas com itens), cada uma com características e manejos diferentes. À exceção da corrente, para as outras basta massacrar o botão de ação para desferir os golpes (ou segurá-lo para um ataque mais forte).

Sobre a corrente, o protagonista pode realizar vários movimentos com ela: prender o inimigo, coletar itens (entre eles os Fleshs), segurar um inimigo e girá-lo contra os outros ou simplesmente agarrá-los e bater no chão. É bom lembrar-se dela em alguns momentos e trabalhar várias estratégias, pois assim você sofre menos danos durante as lutas.

Aeron também pode usar rolamentos para se esquivar, defender ou mesmo se jogar para os lados na tentativa de se evadir - e tudo isso de forma descomplicada, seja no Wii Remote ou com o Classic Controller.

 

Trilha sonora

Já nas primeiras horas de jogo, algo que vai chamar a sua atenção é a trilha sonora. Graças à equipe que trabalhou nas músicas, a jornada em “Pandora’s Tower” se torna ainda mais épica e com toques especiais nos momentos importantes.

Para citar três exemplos: após várias batalhas, é impossível não relaxar ao ouvir a música de Observatory (e até mesmo largar os controles para curtir as notas sem compromisso por alguns minutos). Da mesma forma, você se sente mais motivado nas batalhas contra chefes com as composições que apresentam vozes, em especial na luta contra o inimigo final.

 

Relacionamento com Elena

Elena pode facilmente integrar a lista de garotas marcantes dos games, ao lado de estrelas como Elizabeth, de "BioShock Infinite", entre outras.

Diferente da personagem de "BioShock", Elena não segue Aeron durante as suas andanças pelas torres, mas você ficará preocupado constantemente com ela, especialmente para que seu corpo não seja afetado pela maldição (há um contador que marca o tempo para voltar à Observatory e melhorar a condição da garota).

Além de revelar alguns mistérios referentes à história, Elena também possui importância no final que você vai assistir: a trama muda dependendo do grau de relacionamento com Aeron, que melhora ao conversar com ela e paparicá-la com presentes - como forma de gratidão, algumas vezes as suas lembranças serão transformadas em itens úteis para a jornada, como 'bolos restauradores' e coisas do tipo.

O relacionamento entre Aeron e a garota rende momentos comoventes. Caso você demore para trazer um Flesh para ela o protagonista verá a transformação em um estágio avançado, e vai chorar se sentindo culpado pelo que está acontecendo.

Pontos Negativos

Câmera fixa

Em um jogo onde a exploração do cenário é parte essencial da diversão, no qual você pode encontrar itens em locais variadas ou simplesmente buscaar por onde avançar, é um problema sério não ter a opção de movimentar a câmera.

Vez ou outra essa restrição vai fazer com que você não enxergue um ponto no qual precisa lançar a corrente para avançar, atrasando o seu progresso - e "Pandora's Tower" é um jogo que leva em conta o tempo que você demora para cumprir suas missões. Uma falha técnica do game pode custar mais que alguns minutos para se colocar na direção correta, atrapalhando sua performance.

 

Repetição de ideias

“Pandora’s Tower” possui mais de uma dezena de torres para habilitar, mas depois de um tempo você verá que a ideia principal é repetida em ao longo delas: nas que envolvem água, por exemplo, tudo estará ligado a um moinho, enquanto nas que possuem relação com plantações você terá que achar um tipo específico de flor para liberar o caminho.

Faltou mais criatividade nesse sentido, pois até o procedimento para ativar essas passagens se repete ao longo de todo o jogo.

 

Nota: 8 (Ótimo)