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Resident Evil: The Darkside Chronicles

26/11/2009 19h00

Sobreviva ao novo pesadelo
Apesar da idéia simples, que imitou jogos de pistola ótica de antigamente com o Wii Remote, "Resident Evil: The Umbrella Chronicles" conquistou fãs da grande franquia de horror da Capcom por conta de sua ação envolvente e história que acabou com várias pontas soltas da saga. Agora a empresa recauchuta a fórmula para criar "Resident Evil: The Darkside Chronicles", que não parece ter tanta razão de existir.

O novo jogo começa até bem, com uma trama nova que coloca Leon Kennedy nas matas da América do Sul ao lado do soldado Jack Krauser, em momentos anteriores a "Resident Evil 4". Os dois tem a missão de rastrear um traficante de drogas que pode ter envolvimento com a Umbrella e seus experimentos secretos. Só que logo a coisa desanda e voltamos aos personagens e eventos de games anteriores da série, como "Resident Evil 2" e "Code Veronica", como se o assunto já não estivesse mais do que esgotado. Só mesmo os fãs mais fervorosos da série para encontrar algo de novo e relevante durante tais passagens.

Terror reciclado

Leon e Krauser em trailer da TGS 2009
A mecânica segue o mesmo esquema de antes, do chamado "Rail Shooter", em que o jogador se preocupa mais em atirar do que em navegar pelos cenários, função que é realizada de maneira pré-definida pelo computador e que garante uns bons sustos. O protagonista sempre atua ao lado de um parceiro, que pode ser ativo nos combates quando controlado por um segundo jogador. Enquanto o jogador atira contra zumbis, sapos gigantes e outras aberrações, também deve coletar armas e itens pelos cenários, assim como destruir objetos de cena que podem esconder boas surpresas.

A novidade mais substancial do game é o uso da câmera. A Capcom tentou criar um clima cinematográfico e abusou de zoom, rotações e outros recursos que lembram filmes como "Cloverfield - Monstro" ou "A Bruxa de Blair". Desta forma os designers puderam brincar mais com as situações e o posicionamento dos inimigos para garantir muitos pulos do sofá, mas a tremedeira da tela pode irritar os jogadores mais conservadores.

Trailer da E3 2009
No aspecto técnico, o jogo impressiona. Há um ótimo uso de efeitos de física graças ao uso do sistema Havok, o que garante uma boa dose de realismo na movimentação e destruição de objetos. Os modelos também são muito bem detalhados, com grande variedade de monstros e zumbis, o que renova o interesse nos combates.

A parte sonora segue o padrão da série, com os mesmos sons de tiros e explosões de sempre para acompanhar os diálogos canastrões dos personagens, sempre charmosos.

Nota: 7 (Bom)