A Telltale continua com a saga do atrapalhado pirata Guybrush Threepwood com o terceiro jogo da saga "Tales of Monkey Island", batizado de "Lair of the Leviathan".
Como o esquema lembra o de uma minissérie de televisão, em que cada episódio é a continuação direta do anterior, a intricada trama repleta de personagens pode deixar novatos perdidos, mas este novo capítulo é com certeza o mais redondo até agora, com enigmas enxutos e piadas divertidíssimas.
Na confusão armada pela volta de Le Chuck, que envolve ainda Elaine, a tripulação do navio Screaming Narwhal, a caçadora Morgan LeFlay e a mão zumbificada de Guybrush, as coisas parecem ainda piores para nosso herói. Ele agora está preso no interior de um peixe-boi gigante ao lado de uma inconsciente LeFlay e precisa arrumar uma maneira de escapar e encontrar La Esponja Grande, uma artefato capaz de curar a infecção que transforma vivos em zumbis. Para isso, no entanto, ele precisa ganhar a confiança do aventureiro malucão Coronado De Cava, acabar com um motim e ainda ajudar o mamífero marinho a arrumar uma companheira, entre várias outras situações inusitadas.
Os designers definitivamente ficam mais afiados a cada jogo e perceberam rapidamente o que estava e o que não estava funcionando. "Lair of the Leviathan" é muito mais direto no que deseja do jogador, mas apresenta puzzles um pouco mais desafiadores do que nos games anteriores. Consegue assim um belo equilíbrio, pois ainda há muito espaço para piadas e referências inteligentes, especialmente nos diálogos entre Guybrush e De Cava, uma vez que há menos distrações por conta do menor número de elementos de cena deste episódio.
A dublagem impecável com certeza ajuda bastante a criar o clima de comédia irresistível da franquia, aliados aos gráficos adequados de sempre.
CONSIDERAÇÕES
"Lair of the Leviathan" é um ótimo exemplar da franquia "Monkey Island" e é o melhor capítulo até agora de "Tales of Monkey Island". O desafio dos puzzles melhorou bastante em relação ao visto no anterior, "The Siege of Spinner Cay", mas o roteiro não perde espaço e continua disparando ótimas piadas e referências ao universo pop e a eventos da própria série. Ainda é um pouco curto demais, mas é essencial para fãs de um bom adventure gráfico.