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Trauma Center: Second Opinion

28/11/2006

da Redação
"Trauma Center" é um bom exemplo de como temas pouco usuais, com a abordagem correta e o auxílio da tecnologia, podem dar vida a títulos inovadores, interessantes e originais. Quem poderia imaginar que a tela sensível ao toque do DS, com "Under the Knife", se transformaria em mesa de operação e a stylus em bisturi?

Fora em antigos títulos como "Theme Park", "Life and Death" e "ER", além de outros mais obscuros, medicina e game nunca se misturaram muito - a não ser em simulações virtuais voltadas aos doutores e estudantes de medicina, mas esta já é outra história. "Trauma Center", no entanto, conseguiu ressuscitar o tema (com o perdão do trocadilho), com a tensão que envolve um procedimento médico complexo, mas sem tom de morbidez ou imagens fortes.

Diante das funções do Wii Remote, era natural a série receber uma versão para o console. Amém: "Trauma Center: Second Opinion", um dos títulos de lançamento do Wii, é a evolução da bem-sucedida fórmula inaugurada no portátil. Assim como no original, o jogador participa de uma série de procedimentos cirúrgicos, mas desta vez com o auxílio do controle sensível aos movimentos.

Poder da cura

Novamente, o protagonista da trama, que se passa no ano de 2018, é o carismático Dr. Derek Stiles, um jovem médico que acabou de completar a residência e está prestes a começar sua jornada como cirurgião em tempo integral. Agora, porém, ele está acompanhado da Dr. Nozomi Weaver, uma profissional bastante competente, mas que faz mistério sobre a sua vida pessoal. Além de lidar com as doenças e emergências típicas de um hospital, a dupla se depara com uma doença poderosa e desconhecida.

No princípio, a história parece não ter muita importância, mas logo se descobre que a tal doença é obra de terroristas e que tanto Stiles quanto Weaver têm uma habilidade especial: a "Healing Touch" (algo como o "Toque da Cura"), que funciona de maneira diferente para cada um deles.

O jogo traz ainda outros personagens cujas personalidades vão sendo desveladas nos inúmeros diálogos de "Trauma Center", exibidos em forma de texto, acompanhado de imagens estáticas. Os dilemas não costumam ser tão fortes quanto os do seriado "ER", já que o game evita temáticas muito chocantes, mas eles compõem um enredo que chega a surpreender pelas situações, surpresas e reviravoltas ao longo dos vários atos do jogo.

A vida do paciente nas suas mãos

Em "Trauma Center: Second Opinion", tanto o Wii Remote quanto o Nunchuk são utilizados nos procedimentos médicos. O Nunchuk, basicamente, permite circular com rapidez entre os instrumentos cirúrgicos, através do direcional, enquanto o Wii Remote desempenha a maioria das ações, transformando-se em bisturi, laser, fórceps e vários outros objetos.

Basicamente, o objetivo continua sendo o mesmo da edição para DS: tratar o paciente, dentro do tempo estabelecido, evitando que seus sinais vitais cheguem a zero. Eventuais erros pioram a situação do enfermo ou, dependendo do caso, podem zerar os sinais vitais de uma vez, o que, naturalmente, acarreta em um trágico "game over", para ele e para você.

As primeiras missões funcionam como um tutorial, devidamente conduzido pela enfermeira, que ensina as funções de alguns dos instrumentos cirúrgicos - como e quando devem ser utilizados. Depois, é por sua conta e risco, o que significa que o desafio é, no mínimo, duplo: em primeiro lugar, descobrir qual é o procedimento para aquela situação; em seguida, fazê-lo corretamente. Tudo isso tendo em vista o tempo e a menor quantidade de erros possível, já que seu desempenho é avaliado constantemente e ao final de cada missão.

A seringa, por exemplo, serve para administrar certos remédios, inclusive um que melhora as condições vitais do paciente, enquanto a agulha sutura incisões, o ultra-som ajuda a encontrar problemas nem sempre visíveis e por aí vai. Existem alguns instrumentos usados somente em ocasiões específicas, como a bandagem. Estes não ficam disponíveis o tempo todo no menu, aparecendo somente quando necessário.

O Wii marca a estréia de alguns instrumentos, como uma caneta que ilumina áreas escuras e o desfibrilador, que substitui o gel e a massagem cardíaca do DS. Porém, são objetos também empregados somente em situações específicas e não muito freqüentes.

Os dois personagens principais contam com a habilidade "Healing Touch", cujo funcionamento é distinto para cada um: o Dr. Derek é capaz de desacelerar o tempo, enquanto a Dra. Nozomi cura os pacientes ao conseguir status "Ok", "Good" ou "Cool" nos procedimentos cirúrgicos. Assim como no DS, a habilidade é ativada o desenhar uma estrela na tela e, quanto melhor forem os traços do jogador, o efeito funciona por mais tempo.

Não trema

Coordenação motora e calma, muita calma. Dois requisitos bastante recomendáveis para os interessados em se arriscar em "Trauma Center: Second Opinion". A cada erro do jogador, um incômodo bip é emitido, acompanhado da perda de sinais vitais do paciente. Some-se a isso a música tensa - e que, certamente, não toca em nenhuma sala de cirurgia de hospital - e o jogo pode ser considerado um bom teste para os nervos.

Ao menos, os recursos do Wii Remote são muito bem aproveitados: cada ação do jogador é avaliada com diferentes conceitos e, ao final da missão, conta para a pontuação total. Com a agulha, é necessário pressionar o botão A ou B e, em forma de zigue-zague, "costurar" o ferimento; com o bisturi, nas incisões, o jogador deve seguir a linha pontilhada e, caso erre no meio do percurso - o que é imediatamente notificado pelo bip e pelo rumble do controle -, é preciso começar tudo novamente; tendo a pinça em mãos, para retirar um caco de vidro do braço do paciente, por exemplo, deve-se apertar os botões A e B simultaneamente, puxar o objeto com cuidado e colocá-lo na bandeja, soltando os botões. Enfim, são algumas amostras dos controles.

"Trauma Center: Second Opinion" conta com dezenas de missões, algumas inéditas e outras inspiradas em fases vistas no DS, algo natural se considerarmos que o jogo é uma evolução natural da versão para o portátil de duas telas. As fases compõem o modo de jogo principal e único, o que significa que o desafio, exclusivo para um jogador, limita-se a isso. Terminado o jogo, o que resta é tentar resultados melhores nas missões já cumpridas.

Os gráficos mantêm o clima de anime e estão de bom tamanho - muito embora que, mesmo para um "GameCube melhorado", eles não tenham nada de impressionante. O jogo roda em 480p, algo muito bom para os proprietários de TVs de alta definição, mas não é compatível com modo widescreen progressivo, como vários outros games do Wii são.

A trilha sonora tem menos vozes digitalizadas do que se poderia esperar, já que os diálogos rolam por escrito. As músicas são tensas demais para um game em que a vida de seres virtuais depende dos nervos calmos do jogador, mas faz parte do clima que a Atlus quis criar. Ao menos, o título poderia permitir personalizar a trilha sonora, aí cada um a faria à sua maneira, se quisesse.

Boletim médico

CONSIDERAÇÕES

"Trauma Center: Second Opinion" é um dos melhores jogos de leva inicial do Wii, principalmente pelo uso criativo e intuitivo do controle. Mesmo com uma temática que, para alguns, poderia soar chocante, o game consegue ser interessante, sem apelar. O enredo não é nenhuma obra de arte, mas dá sentido às missões que, com certeza, mudarão seu conceito sobre "brincar de médico".

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    Trauma Center: Second Opinion (Wii)

    35 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Atlus Co.
    Lançamento: 14/11/2006
    Distribuidora: Atlus Co.
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    RecomendadoAvaliação:
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