10/12/2007 - 14h58
"No More Heroes" é censurado na Europa
da Redação
Segundo o site GamesRadar, "No More Heroes" será lançado na Europa em sua versão com violência atenuada - a mesma que está sendo comercializada no Japão desde a última quinta-feira (6). Nela, os inimigos mortos viram cinzas.
Apenas os americanos receberão a edição "sem cortes", com muito sangue e desmembramentos. O criador Goichi Suda, de "Killer 7", já havia declarado uma vez que o jogo poderia ser "até mais violento que 'Manhunt 2'".
Aliás, perguntado se a decisão de lançar a edição atenuada de "No More Heroes" foi influenciada pelo que aconteceu com "Manhunt 2", que foi banido duas vezes do Reino Unido (tanto a versão sem cortes como a reformulada), a distribuidora Rising Star Games respondeu com um enigmático "talvez".
"No More Heroes" é um jogo de ação com combates. Munido de uma espada laser, o protagonista Travis Touchdown enfrenta diversos oponentes para subir no ranking de uma associação dos assassinos. O diferencial é a violência (ao menos na versão americana), com combates que usam extensivamente as funcionalidades do Wii Remote, e um estilo visual que lembra uma graphic novel (assim como "Killer 7").
Mas, apesar de todas as promessas, o título não conseguiu emplacar em sua semana de lançamento. Segundo o site Shinobi no Enmatchô, especializado no mercado japonês de games, o título vendeu apenas 10 mil unidades (o campeão da semana, ainda segundo o site, foi "Tales of Innocence", para Nintendo DS, com 75 mil cópias).
O site Akiba Blog, que faz reportagens sobre Akihabara, o famoso bairro japonês dos eletrônicos, descreveu como foi o evento de lançamento do jogo na Sofmap, uma das grandes cadeias varejistas de games e eletrônicos do Japão. Nem as presenças de Yasuhiro Wada e Goichi Suda, respectivamente o produtor executivo e diretor de "No More Heroes", além de uma chamativa promotora vestida como a personagem Silvia, conseguiram atrair os consumidores. Em 20 minutos, apenas uma pessoa comprou o game (o site especula que seja um funcionário da Enterbrain, empresa que edita a revista Famitsu, que fez a cena apenas para a imprensa poder tirar fotos).
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