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Blazing Angels: Squadrons of WWII

18/04/2006

da Redação
Jogos sobre combate de aviões de guerra antigos não são exatamente novidade no Xbox, que já conta com títulos de qualidade como "Heroes of the Pacific" e "Crimson Skies". Agora, "Blazing Angels: Squadrons of WWII" vem tentar garantir seu lugar ao sol neste subgênero principalmente pela boa produção visual e sonora, além de uma boa experiência nas modalidades multiplayer, muito mais satisfatórias que as limitadas opções para partidas solitárias.

Os pilotos e suas máquinas fabulosas

"Blazing Angels" é um jogo de simulação de batalhas aéreas com modelos de aeronaves típicas da Segunda Grande Guerra, incluindo modelos de renome como o americano P-51 Mustang, o inglês Spitfire, o alemão Messerschmitt e o japonês Zero. Mas não existe nada das complicações de um simulador, já que os controles são bastante simples. Aliás, o jogo inteiro é simples, até demais para os padrões de hoje.

O modo de campanha, por trazer fases de treinamento, é um dos mais indicados para começar a se entender com os comandos, que podem não ser complicados, mas pode pregar algumas peças. O direcional esquerdo faz movimentar o avião de forma intuitiva, mas o direito pode ser confundir um pouco, pois serve para controlar a velocidade e também para fazer girar a aeronave sobre seu eixo de vôo.

O principal diferencial de "Blazing Angels" é que, simulando uma época em que não existiam radares nas aeronaves, existe um botão que faz a visão, normalmente colocada atrás da aeronave, acompanhar um de seus alvos. Isso proporciona cenas arrojadas, permitindo ver o avião em seus detalhes, fabulosos principalmente na edição para Xbox 360, mas a transição entre os dois modos de visão, se não for bem-praticado, apenas faz desorientar o jogador.

O jogador não está sozinho nos céus. Ele tem a ajuda de três outros companheiros, que podem receber ordens, sejam em conjunto ou individualmente. Parece complicado, mas a função consiste apenas em pressionar o direcional digital para uma das direções. Colocando para cima, faz com que o grupo entre em formação, e pressionando mais vezes torna a equipe mais defensiva ou ofensiva. No PC, os comandos também são fáceis.

As outras três direções acionam funções específicas, como atacar determinados inimigos, chamar atenção de perseguidores ou consertar sua nave, em que o jogador precisará digitar uma cadeia de quatro botões. O problema de tudo isso é que o jogo, que já não tem uma dificuldade muito alta, fica ainda mais fácil, pois a ajuda faz barba, cabelo e bigode, se você deixar. A função de conserto, por exemplo, pode ser feita quantas vezes for necessário, apenas precisando obedecer a um pequeno tempo de carência. Isso praticamente tira as chances do jogador ser abatido.

Fácil, extremamente fácil

A inteligência artificial dos inimigos é inepta. Muitos dos aviões fazem movimentos previsíveis e a única dificuldade das unidades terrestres é seu poder de fogo, que pode ser facilmente contornado pelo conserto infinito já mencionado. De vez em quando aparecem ases, e esses ao menos justificam seu título. Mas com a ajuda de seus companheiros, os combates podem não ser tão difíceis assim.

A progressão do game é descompromissada como um jogo de arcade, sem telas para escolher aeronaves ou armas. Você começa a fase com o que lhe foi preparado e vai para a luta. A primeira arma é uma metralhadora, cujo poder de fogo e outras características variam conforme o modelo do avião, e a segunda muda dependendo da fase. Pode ser bombas, foguetes e torpedos, sempre com munição infinita.

A estrutura das fases também é simples, pois as missões são sucessivas e geralmente consistem em destruir os oponentes, sejam aéreos, terrestres os marítimos. Por isso, o jogo carece de variedade, tendo apenas algumas missões que fogem um pouco da destruição habitual, como a de reconhecimento das bases no deserto da África, em que o jogador deve fotografar instalações alemãs no meio de uma tempestade de areia, baseando apenas na captação de sinais de rádio dos inimigos. As partes de aterrissagem também são interessantes e poderia ser um pouco mais explorado no modo de campanha.

No final de cada missão, você é avaliado em quesitos como contagem de oponentes destruídos e o tempo que levou para completar todos os objetivos, sendo atribuído até cinco estrelas para seu desempenho. Naturalmente, quanto mais dessas condecorações ganhar, maior os prêmios destrancados, como aviões extras. Mas aqui tem mais um problema: de que adianta esses bônus se eles podem ser usados apenas em algumas modalidades restritas?

Enfim, o modo de campanha para um jogador é bastante simples, rápida e carece de dificuldade. Existem ainda outras opções para um jogador, que traz desafios específicos, como um duelo contra ases, uma batalha com tempo contado ou uma mini-campanha, cujo intuito é fortalecer as armas dos aviões.

Ases indomáveis

Como nenhuma dessas modalidades acaba convencendo, o multiplayer se torna a estrela de "Blazing Angels", apesar de também não ser exatamente variada ou rica em opções. Porém, as modalidades básicas estão todas cobertas. Além de competições competitivas, existe um modo que permite jogar o modo de campanha com três amigos, seja via rede local ou Xbox Live, que deixa as missões um pouco mais divertidas.

Existem três tipos de partidas multiplayer para regras individuais. O Dogfight, que é o tradicional mata-mata, enquanto o Seek and Destroy corresponde ao modo de sobrevivência. Já em Aces High, todos tentam ficam de posse do título de ás pelo maior tempo possível. Porém, as regras para times são as mais satisfatórias, principalmente com um quorum grande - a rede suporta até 16 jogadores.

Uma das mais divertidas é a Capture the Base, cujo intuito é pousar nas bases dos adversários e permanecer ali por dez segundos. Feito isso, a base passa de mãos. A dificuldade é agüentar o fogo do oponente enquanto estiver parado e uma cooperação com os colegas é de fundamental importância. Outro modo bastante divertido é o Kamikaze, que divide o lado dos pilotos-suicidas, que tentam derrubar um navio norte-americano, e o dos ocidentais, que procurar defender a embarcação a todo custo. Além dessas modalidades há partidas de bombardeio mútuo e o mata-mata por times.

Das águas do Tâmisa para o Pacífico

"Blazing Angels" traz algumas imagens espetaculares, como a batalha nos céus de Londres, que traz uma direção de arte fantástica e resulta num panorama dramático. As nuvens carregadas cobrindo todo o horizonte, o Sol tentando aparecer nas frestas e a tradicional neblina da capital inglesa fazem do embate sobre o rio Tâmisa uma belíssima recriação da vista aérea londrina, mesmo na edição para Xbox. Em compensação, a taxa de quadros pode engasgar em determinados momentos, como quando se aproxima muito dos prédios. Naturalmente, o visual ganha muitos mais detalhes na versão para Xbox 360, em que tudo é mais refinado e verossímil, ainda mais nos modos de maior resolução, e sem perder desempenho.

Alguns outros cenários também merecem destaque, como as batalhas de Paris e os do Pacífico. Porém, nem todos os ambientes são tão bonitos assim, como acontece no deserto da África. Mas também é complicado deixar atrativo um cenário naturalmente mais monótono. Ao menos, os ambientes são variados, que traz os principais cenários da Segunda Guerra Mundial, como Berlim, Normandia, Pearl Harbor e Okinawa.

Entre os efeitos visuais, se destaca a fumaça e o brilho do sol refletindo na fuselagem da aeronave. É uma pena que os ícones acabem estragando um pouco a ambientação, mas prejudicaria muito no funcionamento do jogo se esses símbolos indicativos na tela fossem retirados.

A produção refinada também transparece no brilhante trabalho dos engenheiros de som. O conjunto de efeitos sonoros tem grande participação em envolver o jogador nas épicas batalhas da Segunda Grande Guerra. O barulho das metralhadoras possui impacto, assim como as explosões, que, junto com o ronco infernal dos motores e a comunicação constante do rádio criam uma ambientação excepcional, ainda mais com um home theater.

A trilha sonora é típica dos filmes de guerra. As composições obedecem aos lugares-comuns do gênero, mas não há como negar que combinam com o tema e na maioria das vezes acaba funcionando. Praticamente durante toda a operação há diálogos e os dubladores o fazem com competência. Existem algumas inevitáveis repetições e alguns sotaques são estereotipados, mas o resultado geral ainda é positivo.

Anjos belos e barulhentos

CONSIDERAÇÕES

"Blazing Angels: Squadrons of WWII" se destaca por alguns de seus magníficos cenários e uma produção sonora caprichada. A sua diversão e longevidade vêm principalmente das modalidades multiplayer, já que a campanha para um jogador é simples, curta e fácil. Mas fãs de games de combate de avião não podem jamais desprezar o título.

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    GALERIA

    Blazing Angels: Squadrons of WWII (Xbox 360)

    26 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Ubisoft
    Lançamento: 30/03/2006
    Distribuidora: Ubisoft
    Suporte: 1-16 jogadores, cartão de memória, Xbox Live
    Outras plataformas: PC PS3 WII XB
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