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Earth Defense Force 2017

12/04/2007

da Redação
A chegada do Xbox 360 e PlayStation 3 possibilitou que os desenvolvedores investissem muito mais em gráficos e na sonorização de seus jogos, oferecendo experiências mais realistas e próximas às superproduções de Hollywood. No entanto, gasta-se muito mais dinheiro para criar jogos que seguem este novo padrão de qualidade. Tanto é que muitas empresas pequenas e independentes tiveram problemas em se adaptarem à nova geração de consoles.

"Earth Defense Force 2017" é o resultado de uma dessas empresas miúdas, a japonesa (e desconhecida) Sandlot. E por tratar-se de um título "low budget" (de baixo orçamento), ele é surpreendemente bom, mas da sua própria maneira.

Eles não vieram em paz

O jogo assume sua postura "B" ao oferecer um enredo típico de filmes trash, sobre metrópoles que são invadidas por insetos gigantes, robôs titânicos e naves alienígenas. Você faz parte do esquadrão que dá nome ao jogo e precisa eliminar, ao lado de seus parceiros, os invasores do espaço. E por mais banal que o enredo seja (se é que ele existe), a premissa é boa o suficiente para um jogo de ação descompromissada - e de baixo orçamento.

A primeira impressão não é das melhores: seu personagem e o resto do esquadrão contam com movimentos estranhos; os prédios, quando destruídos, se fragmentam e seus pedaços afundam descaradamente no chão; destroços e inimigos mortos simplesmente desaparecem; as explosões, o "cuspe" das formigas e o fio lançado pelas aranhas são uma mistura de elementos gráficos em 2D; as naves gigantes, quando caem, atravessam objetos, inclusive o chão (com alguns efeitos que tentam disfarçar a horrível colisão), sem causar dano ao jogador; e por aí vai.

Basta jogar por alguns minutos para dizer: e daí? Os gráficos e efeitos visuais toscos parecem não afetar em nada a fórmula extremamente viciante e divertida de "Earth Defense Force 2017". E apesar de tudo, o jogo até possui um certo charme, principalmente no visual retrô e pouco convencional dos robôs.

Doses cavalares

No começo, você enfrentará apenas dois tipos de formigas gigantes e aranhas saltitantes, capazes de pular prédios inteiros. Não pense que será fácil: aglomerados com centenas de insetos infestam a tela, literalmente.

Com o seu progresso, você passará a enfrentar os famigerados gigantes de metal, que possuem tamanhos e armas variadas, além de imensas fortalezas móveis, dezenas de centenas de naves, que se comportam como abelhas em um enxame e mais. Para isso, não faltarão armas.

No começo, são poucas as armas disponíveis - você pode carregar duas ao mesmo tempo. Para adquirir mais, basta coletar os "power ups" que caem de alguns inimigos quando eles morrem.

Quanto mais alto o grau de dificuldade da missão, mais rara e poderosa será a nova arma. São inúmeros modelos e variações de rifles, espingardas, granadas, armas de plasma, metralhadoras, lançadores de mísseis e outras menos convencionais - ao todo, somam mais de 170! E não são apenas as armas que vêm em quantidade. São mais de 50 fases, divididas em cinco níveis de dificuldade cada, que garantem muitas horas de jogo.

Além da caixa de armas, há outros itens para serem coletados durante as fases, como kits de energia e armadura, que aumentam aos poucos a quantidade máxima de energia do jogador, tornando-o mais resistente.

Os objetivos das missões são sempre os mesmos e, apesar da repetição, o jogo sabe surpreender o jogador com a apresentação de uma nova espécie de inimigo, criando momentos extremamente impactantes e divertidos. A aparição de centenas de aranhas que se aproximam pulando ao horizonte da cidade, enquanto você e sua equipe se preparam para atacar, ou o surgimento do primeiro "enxame" de navezinhas, que quase cobrem o céu inteiro, são momentos que impressionam qualquer jogador.

Em determinadas missões, você pode usar também alguns veículos, como tanques e helicópteros de guerra, motos flutuantes de alta velocidade e robôs à "Lost Planet". Apesar das armas eficientes, os controles dos mesmos são um pouco confusos e requerirão um pouco de prática.

Embora haja um modo multiplayer cooperativo para dois jogadores em tela dividiva (que é totalmente válido e torna a ação ainda mais divertida), não há uma única função online, nem mesmo placares virtuais. O que é uma pena, pois o modo multiplayer online caberia muito bem à fórmula do jogo.

Jogo novo, estilo antigo

Se fossemos julgar pela aparência dos menus, efeitos sonoros e aspectos gerais de design, poderíamos dizer que "Earth Defense Force 2017" equipara-se a jogos de meados dos anos 90, para PlayStation. E por mais estranho que possa parecer, isso não é necessariamente algo ruim. O jogo preserva a linguagem e mecânica dos títulos de antigamente e faz dele um estilo. Ao coletar um item durante a fase, por exemplo, você ouvirá um "plim" típico dos jogos de 16-bit.

A música dá aquele clima de terror dos filmes de catástrofe. Mas não espere por melodias orquestradas e toda a tecnologia digital do 5.1. As músicas são sintetizadas por hardware, simulando o som de instrumentos reais. Ainda assim, são aceitáveis. Em relação aos efeitos sonoros, são apenas medianos, com os mesmos sons de explosões, tiros e colisões reproduzidos repetidamente.

O tosco que diverte

CONSIDERAÇÕES

Inicialmente, "Earth Defense Force 2017" pode causar um certo estranhamento, principalmente por seu estilo retrô e soluções gráficas ultrapassadas. É uma questão de tempo, no entanto, para ser conquistando pela diversão e ação frenética e impactante, provando que jogos de baixo orçamento também podem existir na nova geração.

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    GALERIA

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Sandlot
    Lançamento: 20/03/2007
    Distribuidora: D3
    Suporte: 1-2 jogadores, cartão de memória
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado

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