Crackdown 2
Primeira produção do estúdio Ruffian, formado por ex-integrantes da Realtime Worlds, "Crackdown 2" traz de volta os principais conceitos de seu antecessor. Mais uma vez, os jogadores são representantes da lei, geneticamente modificados pela Agência para combater o crime nas ruas de Pacific City, que usam suas habilidades para correr e saltar pelo topo de edifícios em busca de orbes colecionáveis, e assim, se tornarem ainda mais poderosos.
Direto para a ação
O enredo do jogo é genérico ao extremo: 10 anos depois dos eventos de "Crackdown", centenas de mutantes misteriosoamente infestaram a cidade. Os chamados Freaks saem dos subterrâneos durante a noite e vagam pelas ruas provocando caos e destruição. As gangues se aproveitam da situação para reinvindicar territórios e em pouco tempo a cidade está convulsionando a beira do abismo. Assim, os Agentes são enviados para devolver a paz aos cidadãos de Pacific City.
Veja trecho da primeira missão do jogo |
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Para enfrentar os inimigos, os Agentes contam com um bom arsenal, golpes de artes marciais e veículos especiais, como um bugue equipado com uma metralhadora giratória. Também podem usar qualquer arma deixada por um oponente ou objeto do cenário. É possivel arrancar a porta de um carro e golpear os bandidos com ela, ou, se estiver forte o suficiente, arremessar o próprio carro sobre os adversários.
Essas ações exageradas salvam o sistema de combate. Distribuir pancadas é só uma questão de esmagar o mesmo botão. Atirar com precisão é um suplício. A mira automática costuma travar nos veículos quando deveria se fixar nos bandidos ao lado deles e o sistema de mira manual, que permite disparar em pernas ou direto na cabeça do alvo, exige mais tempo e tranquilidade do que o game tem a oferecer.
Embora os jogadores sejam representantes da lei, nada impede que atropelem civis ou mesmo colegas policiais. Como esses personagens costumam ficar no meio do perigo e não saem do caminho por nada, é inevitável que isso aconteça mais cedo ou mais tarde, com poucas consequências para o jogador, que é repreendido pelo narrador e perseguido pelos colegas policiais por algum tempo.
As orbes se dividem em vários tipos, como luta, direção e força, entre outras. As mais cobiçadas e difíceis de obter são as de agilidade, que ficam sobre arranha-céus, na ponta de guindastes e em outros lugares aprazíveis. São muitas orbes e o verdadeiro desafio de "Crackdown 2" está em coletar todas, o que pode levar um bom tempo, mesmo para um jogador veterano e dedicado.
Sem grandes novidades
Veja mais sobre os modos multiplayer |
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É possível substituir as músicas do rádio do jogo pelas do disco rígido do Xbox 360 e também abaixar o volume do sempre presente narrador, que acompanha o jogador desde o tutorial até os momentos finais, comentando suas ações e até mesmo as Conquistas obtidas. Utilizar a técnica de 'derrubar a quarta parede' e conversar com o jogador sobre o jogo pode ser espirituoso, mas fazer isso o tempo todo não é.
As verdadeiras novidades de "Crackdown 2" são tão pequenas que é difícil não pensar que o game está mais para uma expansão do que uma continuação legítima: novas orbes colecionáveis, algumas das quais só podem ser capturadas em partidas multiplayer via Xbox Live e outras que fogem do jogador depois que são descobertas; os mutantes, que são pouco mais do que sacos de pancada zumbis; partidas cooperativas para 4 jogadores; três modos multiplayer competitivos, que mesmo com um editor de partidas, dificilmente vão prender o interesse dos jogadores por muito tempo.
Nota: 4 (Medíocre)
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