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Xbox 360

Crackdown 2

04/08/2010

PABLO RAPHAEL
Da redação
O "Crackdown" original, lançado em 2007, foi um dos primeiros grandes títulos exclusivos do Xbox 360. Criação de David Jones, um dos 'pais' de "Grand Theft Auto", e seu recém-formado estúdio Realtime Worlds, o game tinha como principais características a ação exagerada e um mundo aberto planejado para incentivar a exploração.

Primeira produção do estúdio Ruffian, formado por ex-integrantes da Realtime Worlds, "Crackdown 2" traz de volta os principais conceitos de seu antecessor. Mais uma vez, os jogadores são representantes da lei, geneticamente modificados pela Agência para combater o crime nas ruas de Pacific City, que usam suas habilidades para correr e saltar pelo topo de edifícios em busca de orbes colecionáveis, e assim, se tornarem ainda mais poderosos.

Direto para a ação

O enredo do jogo é genérico ao extremo: 10 anos depois dos eventos de "Crackdown", centenas de mutantes misteriosoamente infestaram a cidade. Os chamados Freaks saem dos subterrâneos durante a noite e vagam pelas ruas provocando caos e destruição. As gangues se aproveitam da situação para reinvindicar territórios e em pouco tempo a cidade está convulsionando a beira do abismo. Assim, os Agentes são enviados para devolver a paz aos cidadãos de Pacific City.

Veja trecho da primeira missão do jogo
Os jogadores controlam personagens sem passado e cuja única motivação para derrotar os bandidos parece ser o aprimoramente de suas habilidades e a possibilidade de conseguir novas armas e veículos. A importância nula do personagem é visível quando toda vez que o jogador retorna para uma partida, é convidado a personalizar seu boneco mais uma vez, escolhendo outro rosto e equipamentos, mesmo que esteja retornando para o meio de uma cena de ação.

Para enfrentar os inimigos, os Agentes contam com um bom arsenal, golpes de artes marciais e veículos especiais, como um bugue equipado com uma metralhadora giratória. Também podem usar qualquer arma deixada por um oponente ou objeto do cenário. É possivel arrancar a porta de um carro e golpear os bandidos com ela, ou, se estiver forte o suficiente, arremessar o próprio carro sobre os adversários.

Essas ações exageradas salvam o sistema de combate. Distribuir pancadas é só uma questão de esmagar o mesmo botão. Atirar com precisão é um suplício. A mira automática costuma travar nos veículos quando deveria se fixar nos bandidos ao lado deles e o sistema de mira manual, que permite disparar em pernas ou direto na cabeça do alvo, exige mais tempo e tranquilidade do que o game tem a oferecer.

Embora os jogadores sejam representantes da lei, nada impede que atropelem civis ou mesmo colegas policiais. Como esses personagens costumam ficar no meio do perigo e não saem do caminho por nada, é inevitável que isso aconteça mais cedo ou mais tarde, com poucas consequências para o jogador, que é repreendido pelo narrador e perseguido pelos colegas policiais por algum tempo.

As orbes se dividem em vários tipos, como luta, direção e força, entre outras. As mais cobiçadas e difíceis de obter são as de agilidade, que ficam sobre arranha-céus, na ponta de guindastes e em outros lugares aprazíveis. São muitas orbes e o verdadeiro desafio de "Crackdown 2" está em coletar todas, o que pode levar um bom tempo, mesmo para um jogador veterano e dedicado.

Sem grandes novidades

Veja mais sobre os modos multiplayer
Tudo parece muito divertido, mas não é nada que já não estivesse presente em "Crackdown", um jogo de 2007. O visual de "Crackdown 2" é datado e a combinação de personagens e veículos em cell-shading, a técnica que deixa os gráficos com aparência de desenho animado, com os cenários realistas não funciona direito, pois esses cenários são feitos com texturas pobres e sem vida. É preciso admitir, porém, que o jogo apresenta uma noção de distância excelente. Ao subir em um prédio, é possível ver toda a cidade em qualquer direção e não há nenhum caso de objetos se formando 'do nada' durante o jogo. Tudo está lá, carregado, desde o começo.

É possível substituir as músicas do rádio do jogo pelas do disco rígido do Xbox 360 e também abaixar o volume do sempre presente narrador, que acompanha o jogador desde o tutorial até os momentos finais, comentando suas ações e até mesmo as Conquistas obtidas. Utilizar a técnica de 'derrubar a quarta parede' e conversar com o jogador sobre o jogo pode ser espirituoso, mas fazer isso o tempo todo não é.

As verdadeiras novidades de "Crackdown 2" são tão pequenas que é difícil não pensar que o game está mais para uma expansão do que uma continuação legítima: novas orbes colecionáveis, algumas das quais só podem ser capturadas em partidas multiplayer via Xbox Live e outras que fogem do jogador depois que são descobertas; os mutantes, que são pouco mais do que sacos de pancada zumbis; partidas cooperativas para 4 jogadores; três modos multiplayer competitivos, que mesmo com um editor de partidas, dificilmente vão prender o interesse dos jogadores por muito tempo.

CONSIDERAÇÕES

A ausência de David Jones na direção da continuação de "Crackdown" é fortemente sentida. "Crackdown 2" peca pela falta de ambição, de polimento e de criatividade, não oferecendo quase nada além do que seu antecessor trouxe três anos atrás. Com tantos jogos de mundo aberto disponíveis hoje para o Xbox 360, é preciso mais do que missões cooperativas e ação exagerada para atrair a atenção dos jogadores, ainda mais quando se trata de um jogo exclusivo para o console.

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    Crackdown 2 (Xbox 360)

    173 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Ruffian Games
    Lançamento: 06/07/2010
    Distribuidora: Microsoft Game Studios
    Suporte: 1-2 jogadores
    DispensávelAvaliação:
    Dispensável

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