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Enemy Territory: Quake Wars

05/06/2008

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Lançado em setembro do ano passado para PC, "Enemy Territory: Quake Wars" aumentou a escala das batalhas da clássica franquia da Id Software a algo parecido com "Battlefield", com grandes cenários e até mesmo veículos para usar. O jogo fez sucesso, indo direto para o topo das listas de jogos para PC - o que deixa ainda mais estranha a demora dos produtores em transpor o jogo para os consoles.

Infelizmente para os fãs o resultado não é dos melhores. Além do longo prazo de gestação, a conversão para Xbox 360 e Playstation 3 perdeu elementos fundamentais que garantiram sua marca no PC, deixando-o vazio e pouco atraente diante de tanta competição.

Batalha de classes

Não espere encontrar uma grande história, mocinhos carismáticos ou diálogos espirituosos. "Enemy Territory: Quake Wars" só se preocupa em dizer que a raça alienígena Strogg está atacando a Terra e as forças da GDF (Global Defense Force) e leva você direto para o campo de batalha.

Alien com problemas
Os dois lados do conflito formam times rivais que devem se revezar entre ataque e defesa em grandes cenários, com direito a alguns objetivos secundários que dão uma maior profundidade à ação, como plantar bombas ou hackear computadores. Cada equipe conta com cinco classes de guerreiros, que apesar de terem nomes diferentes em cada raça, acabam desempenhando os mesmos papéis. É aquele esquema clássico de "Team Fortress", com médicos que podem ressuscitar os companheiros ou engenheiros que constroem canhões e outras bugigangas úteis no meio do tiroteio.

A campanha principal para um jogador funciona apenas como um grande treinamento, uma vez que não conta com nenhum tipo de narrativa. São missões desconexas em que outros soldados são controlados por computador.

Estes aliados são totalmente imprevisíveis. Em certas ocasiões a inteligência artificial funciona que é uma beleza, enquanto em outras falha miseravelmente. Se você estiver morto aguardando por uma ressurreição, não basta torcer para que tenha algum médico por perto; você tem é que torcer para que resolvam te salvar, pois é bem comum que companheiros ao seu lado estejam ignorando sua morte totalmente, sem nenhuma lógica ou critério.

Conflito online

O comportamento bizarro destes chamados bots claramente é um problema do jogo, mas não deixa de conter uma certa ironia. Não dá para evitar a comparação com atuação de alguns jogadores online, que não dão a mínima para o trabalho de equipe tão fundamental para o aproveitamento do jogo.

Sem munição?
Para evitar este tipo de problema, o jogo para PC apresentou um esperto sistema de rankings e premiação, que colocava a disposição uma série de armas e veículos extras. Infelizmente o recurso foi limado da versão para consoles, dando lugar a um genérico sistema de bonificação, que aumenta algumas estatísticas de seu personagem.

A novidade, por assim dizer, não torna apenas o jogo menos atraente quanto atrapalha o balanceamento da ação, que acaba ficando mais rápida do que deveria, lembrando que os controles são mais limitados do que no PC.

Na tentativa de contornar ao menos o problema da mira diante da falta de um mouse, a conversão ainda conta com uma auto-mira extremamente precisa, que tira grande parte do desafio. É possível desativá-la, mas aí surge outro problema: como os tiroteios ficam muito mais ágeis e, como o acesso às armas e itens é restrito ao menor número de botões, por vezes você não consegue escolher o que quer a tempo de se salvar ou de derrubar um inimigo.

Se há este tipo de entrave, ele logicamente está presente para todos os jogadores, o que acaba colocando todos no mesmo barco, nivelando-os por baixo. Então ainda dá para se divertir com os vários tipos de veículos e armas à disposição - as mesmas, aliás, das apresentadas no PC, sem nenhuma novidade.

É guerra!
Há partidas via system link e online, que tentam juntar jogadores de acordo com seu tipo de conexão, evitando problemas de lentidão, o que funcionou bem em nossos testes. Não há grandes opções de customização dos cenários, somente o básico que deve satisfazer ao menos os fãs da franquia.

Assim como sua mecânica online, a apresentação do jogo também é simples e traz o mínimo. É uma versão bem mais enxuta do que vimos no PC, com texturas mais pobres e um espectro de cores menor, deixando os visuais foscos e sem graça. Os modelos de personagens também parecem simplificados, com um aspecto até mesmo genérico, o que dificulta em distinguir quem é quem no calor do combate. A trilha apresenta problemas maiores ainda, como o sumiço repentino de algumas frases ou músicas durante a ação, sem mais nem menos.

CONSIDERAÇÕES

"Enemy Territory: Quake Wars" demorou para chegar aos consoles e, por isto, era de se esperar um pacote com algumas novidades e melhorias. O que ocorreu foi o contrário. O jogo teve seu sistema simplificado e teve sua mecânica, uma das marcas registradas da franquia, totalmente desbalanceada. Ainda dá para se divertir com os tiroteios online, mas não há nada aqui que não tenha sido feito de maneira muito melhor no original de PC ou mesmo em outros concorrentes dos consoles.

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    Enemy Territory: Quake Wars (Xbox 360)

    7 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Nerve Software
    Lançamento: 27/05/2008
    Distribuidora: Activision
    Suporte: 1-16 jogadores, online, cartão de memória
    Outras plataformas: PC PS3
    RegularAvaliação:
    Regular

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