Fuzion Frenzy 2

Durante o período de lançamento do Xbox original, a Microsoft deu vida a "Fuzion Frenzy", um game do gênero "party" que, diferentemente de seus concorrentes, colocava os jogadores em uma série de constantes minigames, com muito dinamismo. A continuação, que ficou a cargo da competente Hudson, preenche a lacuna do gênero, até então sem representantes no Xbox 360. Contudo, parece que nem mesmo a ampla experiência da empresa, responsável pelos jogos da série "Mario Party", foi suficiente para superar o original.

Diversão limitada

Em "Fuzion Frenzy 2", até quatro jogadores participam de uma espécie de programa de TV do futuro, cujo vencedor é aquele que acumular mais pontos através de uma série de jogos de curta duração - seja trapaceando ou não. Desta vez, antes de cada minigame, os jogadores utilizam cartas com efeitos diversos, que podem, por exemplo, multiplicar os pontos adquiridos ao final de um minigame, dividir ou cancelar os pontos dos oponentes e até mesmo roubá-los. A escolha das cartas é secreta, o que faz da tela de resultados de cada minigame uma grande surpresa.

Embora o sistema de cartas seja uma novidade interessante, ele pode facilmente desequilibrar todo o jogo. Afinal, dependendo das cartas lançadas pelos jogadores, não basta ser bom nos minigames, pois é a sorte quem escolhe o vencedor. Para piorar, o sorteio das cartas é feito através de uma etapa lenta e desnecessária, que quebra o dinamismo das partidas.

Os minigames são espalhados por sete planetas diferentes, cada qual com sua própria temática, como fogo, água, tecnologia etc. Após uma rodada de três joguinhos, o participante com mais pontos escolhe o próximo destino, revelando alguns novos minigames. Pode-se dizer que dos 40 disponíveis, 20 são enfadonhos e pouco criativos. Dentre estes, alguns são muito parecidos, como as lutas ao estilo "Power Stone", em que os jogadores se digladiam em arenas fechadas, com direito a uma única combinação de golpes e, raramente, armas.

Outro defeito de "Fuzion Frenzy 2" é o grande abismo de dificuldade e complexidade existente entre alguns minigames. Enquanto alguns são extremamente simples e fazem uso de apenas um direcional, outros exigem direcional e mais três botões.

Felizmente, há joguinhos muito divertidos, em que os jogadores devem desviar de bolas de pinball em movimento, controlar empilhadeiras, fugir de uma gigantesca onda de lava, correr em um disco giratório cercado por eletricidade e muito mais. Tecnicamente, no entanto, nenhum minigame justifica o lançamento do jogo para o Xbox 360.

Além do modo torneio, é possível jogar cada minigame separadamente ou ainda criar uma seqüência com seus favoritos e jogá-los um por um, seja sozinho, com amigos em um mesmo local ou online.

Quase uma rave

"Fuzion Frenzy 2" é um show de luzes e cores. Apesar do título não abusar da capacidade gráfica do Xbox 360, também não faz feio. Em geral, as arenas são muito bem desenhadas e apresentam um visual interessante, principalmente as que possuem temática futurista. Outras parecem ter saído de um jogo da geração antiga, como a arena submersa de luta, que apresenta um número mínimo de detalhes.

Se o jogo não é o maior dos agrados aos olhos, faz muito menos aos ouvidos. Toda a empolgação da musica-tema, um rock eletrônico daqueles que não sai da cabeça, acaba quando as partidas começam: são músicas genéricas, que não ajudam a dar aquele clima frenético e competitivo necessário para um jogo do gênero. Pior é o apresentador, que do começo ao fim do jogo está sempre falando, sem nenhuma sincronia labial. Se ao menos durante as partidas seus comentários fossem engraçados, poderia até ser um personagem interessante. Contudo, suas frases são extremamente repetitivas e irritantes. Mesmo que sua aparição seja obrigatória, você pode diminuir ao máximo o volume da voz.

O party game da nova geração?