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Xbox 360

G-Force

17/08/2009

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
A parceria entre humanos e animais vem de longa data, mas, em "Força-G", filme da Disney que combina atores de carne e osso com computação gráfica, essa reunião de forças alcançou uma nova etapa. O título se refere a um agrupamento do FBI formado por simpáticos porquinhos-da-índia. Ou, ao menos, faziam parte da agência americana de inteligência, até que falharam feio numa missão. Agora, para mostrar que há algum plano malévolo acontecendo na dentro da Saberling, a maior fabricante de eletrodomésticos e eletrônicos do mundo (no mundo ficcional, claro), o grupo parte para uma missão não-autorizada.

Essa é a premissa também do jogo, com edição para várias plataformas. Quem acompanha games há algum tempo, sabe que títulos baseados em filmes, ainda mais aqueles que chegam junto com a estreia nas telonas, não costumam primar pela qualidade. Mas a produtora Eurocom mostra que sabe lidar com as adversidades desse tipo de game, e brinda os jogadores com mais uma edição competente (antes, fez uma boa versão do jogo baseado em "A Era do Gelo 3").

Básico com um pouco de luxo

O primeiro mandamento da cartilha da produtora parecer ser o de fugir de invencionices. De fato, "G-Force" é um típico jogo de ação em terceira pessoa, com elementos de plataforma, mesclando combates e resolução de enigmas. Mas se o game peca em originalidade, faz direito o dever de casa, com uma mecânica de jogo que funciona bem ao que se propõe. Ou seja, é simples e rápido realizar todas as ações de Darwin, o líder de campo da Força-G, mesmo que sua gama de movimentos seja relativamente grande.

O tutorial mostra grande parte das habilidades do pequeno herói e, no começo, tem-se a impressão que a luta corpo-a-corpo é a principal maneira de encarar os inimigos. Mas isso é apenas no início, pois, a medida que novos oponentes vão surgindo - são todos eletrodomésticos que viram máquinas de combate -, nota-se que é preciso usar as mais diversas armas para lidar com eles. A boa notícia é que o comando das armas "de fogo" funciona melhor que o chicote elétrico (o equipamento básico de Darwin).

Assim, a dificuldade não é proporcionada pelos controles ou falhas de câmera, mas pela engenhosidade dos inimigos em si. Como dito, os adversários mais simples não fazem mais que perseguir o protagonista, e são derrubados com alguns golpes. Mas, mais para frente, eles passam a usar ataques mais elaborados e bloqueiam as investidas de Darwin com eficiência. Para derrotá-los, é preciso empregar táticas específicas. Golpes e tiros a esmo são desperdício de tempo e munição. Assim, "G-Force" não diverte apenas apenas o público mais novo, mas jogadores tradicionais de games encontram desafios nos modos mais avançados. Há cenas que a quantidade de inimigos é tanta que requer táticas de correr e atirar.

Parceria

As cenas de quebra-cabeça também são bem-feitas. Darwin dispõe de vários equipamentos que aumentam sua mobilidade. Com a mochila de jato, consegue planar e até decolar, atingindo lugares mais altos. Mais para frente, obtém-se ganchos magnéticos e visores noturnos que quase não deixam dever para Sam Fischer ou Solid Snake. Muitos dos caminhos são abertos com a ajuda de Mooch, a mosca companheira do porquinho. O inseto voa e pode atravessar passagens que o roedor não tem acesso, além de também servir para desabilitar certos dispositivos e inimigos. Essa mecânica de troca de personagens oferece quebra-cabeças interessantes e, em determinados casos, com mais de uma solução. A exploração vale a pena, pois os discos prateados, escondidos em vários pontos dos mapas, oferecem melhoramentos para os personagens e para as armas.

Enfim, a variedade de inimigos e quebra-cabeças afasta a monotonia, mas o game ainda tem um problema: as fases se arrastam em demasia. "G-Force" é divertido em pequenas doses, mas tende a cansar rápido quando a partida se prolonga. Felizmente, é possível salvar o game a cada "checkpoint". Em duas cenas, o jogador comanda veículos, mas o controle nesses momentos tendem a ser erráticos.

O visual do game não chama atenção. Os cenários são estéreis - quadradinhos e padronizados - e os personagens humanos são estranhos - só se salvam os personagens principais, que, mesmo assim, ficam longe do carisma do material original. Mas, pelo menos, quase não há queda de performance. Quem tem a edição para Xbox 360 ou PlayStation 3 pode desfrutar gráficos em 3D estereoscópicos, usando um óculos que vem no pacote. É um extra interessante mas conta com lados negativos: a vista se cansa mais rapidamente e as cores se perdem. E, dependendo da televisão, as imagens podem continuar duplicadas mesmo usando os óculos. A dublagem não conta com os astros do filme, mas os substitutos fazem um bom trabalho, e mantém a caracterização original.

CONSIDERAÇÕES

"G-Force" é uma boa surpresa, levando-se em conta que se trata de um game baseado em filme. É um jogo de ação e plataforma tradicional sem muita originalidade, mas a mecânica de jogo é sólida como os melhores do gênero. O título é uma boa pedida para jogadores mais novos, pois os personagens são fofos e a dificuldade, mais amena. Mas também oferece bons desafios para jogadores acostumados com games, já que possui níveis de dificuldade mais elevados.

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    GALERIA

    G-Force (Xbox 360)

    7 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Eurocom Interactive
    Lançamento: 21/07/2009
    Distribuidora: Disney Interactive
    Suporte: 1 jogador
    Outras plataformas: DS PS3 WII PS2
    RecomendadoAvaliação:
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